O presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, confirma convite para o retorno do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, aos quadros do partido para a disputa de vaga na Câmara Federal em 2022.
A filiação, no entanto, segue indefinida, já que o interesse de Lissauer é disputar a eleição para deputado federal em uma sigla que componha a base governo de Ronaldo Caiado (DEM) e Vilmar tem intensificado discurso de independência em relação ao Palácio das Esmeraldas.
Na última entrevista à Sagres, nesta terça-feira (26), o ex-deputado federal negou inclusive qualquer possibilidade de participação da gestão caiadista com indicação de cargos e garantiu que o trabalho é para apresentação de chapa majoritária própria na próxima eleição.
O possível destino de Lissauer só deverá ser definido em momento mais próximo da janela eleitoral, em que deputados estaduais e federais poderão trocar de partido sem incorrer em infidelidade, em março de 2022.
A saída do presidente da Alego do PSB é considerada certa, apesar de ainda não ser apresentada publicamente. O partido presidido em Goiás pelo deputado federal Elias Vaz também mantém postura de independência ao governo estadual.
Memória
Lissauer Vieira foi eleito no primeiro mandato na Alego em 2014, pelo PSD e com o apoio direto de Vilmar. A saída se deu em 2016, quando o parlamentar insistiu em candidatura própria à prefeitura de Rio Verde, mesmo contra o então deputado federal Heuler Cruvinel (PSD). Teve garantias no PSB, comandado por Lúcia Vânia. A relação com Elias Vaz melhorou, desde a mudança no comando do partido, mas a avaliação é de que a sigla não oferecerá as melhores condições políticas e eleitorais para uma candidatura de Lissauer a deputado federal.
Contexto
A definição de Vilmar Rocha pelo não apoio ao governo de Ronaldo Caiado entra no contexto de isolamento do DEM como grande partido da base, por conta da provável saída do Progressistas, comandado por Alexandre Baldy. O PP reclama do pouco espaço na gestão e cobra posição mais clara do governador em apoio ao candidato bolsonarista à presidência da Câmara Federal, Arthur Lira.
Fatos e versões
A exoneração do irmão de Alexandre Baldy, Adriano, do comando da Secretaria de Cultura tem interpretações diferentes dentro e foram do governo. Internamente, avaliação é de que Ronaldo Caiado já mantinha insatisfação com rendimento do pepista no cargo. De outro lado, geraram irritação no palácio as cobranças de Alexandre por posição do governador na eleição na Câmara dos Deputados.
Em cima do muro
O governador segue com a estratégia do silêncio em relação à disputa em Brasília, principalmente depois que o racha no DEM se tornou público. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia expôs a crise interna e demonstrou insatisfação com ACM Neto, porque o prefeito de Salvador não teria usado sua influência para impedir as manifestações públicas de apoio a Arthur Lira.
Tem reforma?
As mudanças de nomes na estrutura do governo estadual têm sido realizadas vagarosamente e ficaram mais travadas ontem com a exoneração de Adriano Baldy, da Cultura. Entre as principais pastas, seguem em rota de substituição: Lúcia Vânia, no Desenvolvimento Social; Ernesto Roller, na Secretaria de Governo; e Rodney Miranda, na Segurança Pública.
Promessa de campanha
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), e secretários municipais se reuniram ontem com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler de Morais, na sede do órgão, em Brasília. A intenção é buscar formas de avançar em infraestrutura tecnológica para viabilizar o conceito de cidade inteligente.
Conexão
O prefeito afirmou que a reunião foi “muito positiva” e que foram conseguidas “várias informações necessárias para implantarmos a cidade inteligente”. Ele cita medidas como a implantação da tecnologia 5G para transmissão de dados na cidade e a instalação de fibras óticas. “Tivemos vários direcionamentos para embutir em nosso plano diretor”, explicou o prefeito.
