O presidente da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Lucas Kitão (PSL), disse à Sagres 730 nesta sexta-feira (10), que não vê motivo para discordar da recomendação do Ministério Público de Goiás de suspender o processo de revisão do Plano Diretor da capital, mas defende que as discussões do projeto continue na Câmara Municipal.

“Se o Ministério Público achar que não é o momento, não tem problema, não vejo porque enfrentá-los, pelo contrário, sugeri a Presidência que pudesse conversar com os promotores responsáveis pela recomendação, avocar o projeto da Comissão Mista, mas dar liberdade aos vereadores e a sociedade de continuar discutindo o projeto, inclusive em parceria com a própria Seplanh”, afirmou.

Segundo o presidente da Comissão Mista, nas audiências virtuais desta semana teve um recorde de acessos da população, mais do que nas audiências presenciais ocorridas durante os dois anos de debate do projeto na prefeitura de Goiânia. “Tivemos o engajamento de mais de 5 mil pessoas nesses dois dias, eu achei muito positivo porque na Casa nunca teve uma participação tão grande quanto essa”, disse.

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As audiências públicas sobre o projeto do Plano Diretor, promovida pela Comissão Mista e Presidência da Casa tratou assuntos como, drenagem urbana; adensamento de bairros como setor Jaó e Marista; tombamento de imóveis nos setores Central, Campinas e Sul; áreas de preservação permanente e cotas de inundações, além da cota solidária destinada para política habitacional.

De acordo com Lucas Kitão, é normal que o debate foque na questão do ordenamento, expansão e adensamento. “Esse é o momento oportuno para discutir mudanças no ordenamento, na CCJ, nas outras fases do projeto, a discussão era de legalidade e formalidade, a Comissão Mista é a responsável para discutir o mérito, isso sim é o mérito do projeto, mudanças estruturais de eixos de mobilidade, mudança de expansão, mudança de densidade, tudo isso deve ser discutida nesse momento”.