(Foto: Sagres Online)

A ex-senadora Lúcia Vânia desfilia-se nesta sexta-feira (17) do PSB. Sua saída ocorre apenas dois dias de ela ter ganhado uma liminar na Justiça Eleitoral para retornar à presidência do diretório regional. A ex-senadora tinha sido afastado pelo presidente nacional, Carlos Siqueira.

Siqueira vez uma intervenção no diretório regional, depois de acusar a senadora de fazer uma “gestão temerária” e de deixar uma dívida de R$ 700 mil. Na sexta-feira (10) ele nomeou o deputado federal Elias Vaz para presidente. Na quarta-feira (15) o juiz Carlos Miranda considerou a intervenção no diretório um “flagrante desrespeito às normas internas do partido e das regras estabelecidas pelo próprio presidente, Carlos Siqueira”. 

Em entrevista à Sagres nesta sexta-feira, Lúcia explicou que só recorreu à Justiça para provar que não era verdadeira a acusação de Siqueira. Ela conta que havia acertado com Elias Vaz que sairia da direção do partido, mas que faria uma transição para pagar dívidas e prestar contas de recursos do fundo partidário. Lúcia diz que o partido tinha uma receita de R$ 100 mil, que foi reduzida para R$ 70 mil por Siqueira. Diz que demitiu funcionários e estava pagando acertos trabalhistas, quando houve novo corte para R$ 40 mil e, por último, para R$ 20 mil.

“Fiquei sem condições de saldar compromissos, pagar os acertos de funcionários.” A ex-senadora conta que ficou “chocada” com a intervenção abrupta no diretório e ainda mais com as acusações de “gestão temerária”. “Tenho 30 anos de carreira política. Fui secretária nacional de Assistência Social [no governo de Fernando Henrique Cardoso], tive três mandatos de deputado federal e dois de senador. Queria provar que sou uma pessoa responsável”, diz para explicar por que deixa o partido depois de ter brigado por ele na justiça.

Lúcia atribuiu ao colega Elias Vaz a articulação junto a Carlos Siqueira para destituí-la da direção. Conta que ajudou em sua campanha, abriu portas para ele junto ao diretório nacional, mas evita falar que sofreu traição por parte do deputado. Segundo ela, Elias colocou o presidente nacional na dianteira do processo de sua destituição para se proteger do desgaste que uma ação direta lhe provocaria.

{source}
<iframe width=”100%” height=”166″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/622073292&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true”></iframe>
{/source}