O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, na terça-feira (21), que o Brasil chegará à próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, nos Emirados Árabes Unidos, como a “bola da vez” no cenário internacional.

“As pessoas estão percebendo que o Brasil pode oferecer aquilo de que o mundo precisa. Vamos para a COP, e o Brasil é visto como a bola da vez. Quando as pessoas pensam no Brasil, pensam em floresta, em Amazônia. Quando as pessoas veem o Brasil, pensam em hidrogênio verde, energia limpa, eólica, solar”, afirmou durante sua live semanal.

Durante o evento, Lula planeja reforçar a necessidade de os países desenvolvidos financiarem esforços de combate às mudanças climáticas nas nações em desenvolvimento. Além disso, ele busca estabelecer uma posição unificada entre os Estados com florestas tropicais. “Nós estamos sendo olhados pelo mundo como o país que pode mudar a história da questão energética no planeta Terra. Estou falando sem modéstia: o Brasil pode ser para o mundo da energia limpa aquilo que a Arábia Saudita foi para o combustível fóssil, porque ninguém pode competir com o Brasil na produção de energia”, completou Lula.

A COP 28 está programada para ocorrer de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai. A expectativa é que a conferência resulte em ações concretas contra a emergência climática.

COP 28

Embora eventos climáticos extremos tenham causado 1,3 milhão de mortes entre 1998 e 2017, os governos planejam aumentar a produção de combustíveis fósseis em 110% até 2030, comprometendo o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5ºC.

O contexto da COP28 no Oriente Médio, uma região rica em produtores e exportadores de petróleo, simboliza a gravidade da situação. O aumento recorde nas emissões de dióxido de carbono, principalmente de combustíveis fósseis, em 2021-2022 intensifica a pressão por ações imediatas.

O governo brasileiro trabalha num plano de governança global de florestas que poderá financiar a proteção de florestas tropicais em 80 países. A proposta é uma das políticas que o país apresentará na COP 28. O plano é para que os países possam ter recursos para preservar adequadamente as suas florestas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a política é importante porque “existem muitos países que não têm recursos para combater o desmatamento”.

O projeto do plano foi desenvolvido pelos ministérios do Meio Ambiente, Fazenda e Relações Exteriores. Segundo o projeto, cerca de 80 países seriam beneficiados com o financiamento. “Esse fundo previsto pela ministra Marina Silva contempla isso: financiamento do mundo rico em relação aos muitos países que têm florestas a preservar, a maior parte dos quais, países pobres”, explicou Haddad.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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