O prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela, em entrevista concedida à RÁDIO 730, analisou a situação da segunda cidade mais populosa do estado, e reclamou o fato da cidade não possuir os mesmos benefícios que Anápolis e Goiânia.

“O PMDB precisa tirar este estigma de fisiologismo de querer só cargos. Precisamos voltar ao tempo de Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, que tinha bandeira da redemocratização, de melhorar a economia brasileira, melhor distribuição de renda. O PMDB não pode sair do seu leito natural, os motivos pelos quais ele foi criado” alega.

Segundo o prefeito, em Aparecida de Goiânia, 15% da população têm rede de esgoto, enquanto a média nacional é 45%. Ele afirmou que está na briga em Brasília para não deixar a cidade nessa situação humilhante. 

“Administrar uma cidade de 500 mil pessoas, onde falta praticamente tudo em termos de infraestrutura, sendo a sexta em arrecadação no estado, precisa muito do governo estadual e federal, para que possa continuar a avançar”. Maguito Vilela lembrou que a cidade já contribuiu muito para Goiás e para o Brasil, e está na hora de retribuir.

O prefeito afirmou que quando assumiu Aparecida, a cidade não tinha Procon, Sine, Defesa Civil, Samu, nem Conselhos Tutelares, e que atualmente tem todo o aparelhamento. “Em dois anos fizemos mais do que feito em 20 anos”, destaca Maguito.

“Já conversei com o ministro da saúde, para que ele faça justiça e não deixe Aparecida humilhada. A cidade recebe do Ministério da Saúde R$ 3,6 milhões em recursos para saúde, o que para uma população de 500 mil pessoas que depende do SUS é considerado irrisório, já que Anápolis recebe R$ 12 milhões, e Goiânia R$ 30 milhões. Isso eu não vou aceitar, pois é uma humilhação”, enfatiza.

Relação com Thiago Peixoto

Sobre o apoio a Thiago Peixoto, o prefeito alegou que tem conversado com muitos peemedebistas e dado muito mais importância à administração do que à política. Para ele, o ideal é que todos somem esforços para resolver os problemas do estado.

“Essa situação é uma página virada, pois ele já assumiu o cargo, e o partido não tem mais nada a fazer. O PMDB pode e tem caminhos legais a tomar, mas não acho que seja momento de expulsar ninguém do partido. Eu sou contra esse negócio de partidos ficarem perseguindo companheiros e expulsando” destaca o prefeito.

O prefeito de Aparecida ressaltou que quem perde as eleições que fiscaliza o governo atual, mas que a oposição que o PMDB defende é a construtiva, e não a do “quanto pior melhor”. Segundo ele, o problema de Thiago Peixoto é individual, não é do partido, e que a secretaria de educação está sendo ocupada pela decisão de um deputado e de um governador. Maguito Vilela destacou que tem a impressão que Thiago Peixoto pode fazer um trabalho revolucionário na educação em Goiás. 

Sobre reeleição, ele afirmou que ainda é cedo para falar neste assunto, e quem vai decidir isso será o povo de Aparecida.