Cerca de 480 espécies de plantas e animais da Caatinga estão ameaçadas de extinção. O dado é da pesquisa Contas de Ecossistemas, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2022 e divulgada em maio. No entanto, ameaça ao bioma parte das queimadas para cultivos agrícolas e do uso de lenha como matriz energética, apontou o biólogo Samuel Portela.

“Essas ações vão, aos poucos, diminuindo as florestas, matando as plantas e ameaçando o habitat natural dos animais”, disse. Portela é coordenador técnico da Associação Caatinga. O biólogo exaltou a riqueza do bioma. “Se engana profundamente quem acredita que a Caatinga é um bioma pobre, seu ecossistema é valioso e não é encontrado em nenhuma outra região do mundo”, afirmou.

O estudo do IBGE analisou 3.220 espécies da Caatinga. Mas o resultado da pesquisa apontou que 15% das espécies correm o risco de extinção. Então, são espécies raras como a jaguatirica, o carcará e o tatu-bola, dentre aproximadamente 5.311 tipos de plantas e animais únicos que vivem no bioma.

Reservas

Uma das iniciativas da Associação Caatinga para proteger o ecossistema do bioma é a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). O projeto da Caatinga é o “RPPN: Conservação voluntária: gerando serviços ambientais”, por exemplo, conta com reservas no Ceará e no Rio Grande do Norte. 

“Existem hoje mais de 1.850 RPPNs no Brasil, protegendo mais de 833.000ha de áreas, sendo 44 no Ceará e 8 no Rio Grande do Norte. Estamos focando nesses dois estados, já que eles possuem quase a totalidade dos seus territórios inseridos na Caatinga e apresentam preocupantes dados de desmatamento acumulado”, explicou Daniel Fernandes, coordenador geral da Associação Caatinga.

*Com informações do Portal Notícia Sustentável

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 14 – Vida na água e o ODS 15 – Vida terrestre.

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