“Não dá para pensar só na alfabetização, enquanto nós temos mais de 80 milhões de adultos que não terminaram a educação básica. Então, nós temos que pensar no aumento dessa escolaridade e, também, em integrar a EJA à educação profissional, pensado a partir de jovens e adultos em situação de vulnerabilidade e que sabem que precisam da sobrevivência.”

A fala é de Claudia Borges Costa, durante audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados. Ela é diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do Ministério da Educação (MEC).

O debate teve o objetivo de discutir acerca da educação da população idosa, tendo em vista o aumento da expectativa de vida no Brasil. O tema do encontro foi “A Educação de Pessoas Idosas e a transformação do Programa de Educação Jovem e Adulto (EJA) em Educação Jovem, Adulto e Pessoa Idosa (Ejapi)”.  

Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

A audiência foi um pedido da deputada Reginete Bispo (PT-RS). Ela considera fundamental avaliar a necessidade de propostas educacionais voltadas para a educação ao longo da vida. O MEC foi representado por Claudia Borges Costa, diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).  

Por meio da Secadi, o MEC vem trabalhando a EJA em três eixos: alfabetização, elevação de escolaridade e a EJA integrada à educação profissional. O objetivo é ir além da alfabetização desse público.   

A diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secadi também pontuou que estão em discussão no MEC questões orçamentárias para a política, pensando no atendimento a toda a diversidade de público que a EJA engloba e na retomada da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (Cnaeja).  

Outro ponto que Cláudia Costa destacou foi em relação à inclusão da pasta da Cultura no debate acerca da educação de adultos. “Quando a gente fala na EJA, a gente precisa pensar em intersetoridade. Por isso, estamos aqui discutindo com a Secretaria de Idoso e com tantas outras secretarias e ministérios. A gente também precisa fazer uma discussão inclusive com o Ministério da Cultura, não podemos perder de vista a cultura para esse público”, lembrou.   

Participantes

Também participaram da audiência pública: Alexandre da Silva, secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa; Marlene Silva, coordenadora Colegiada do Fórum de Educação de Jovens e Adultos da Bahia; Odete Bresolin, do Instituto Paulo Freire; Deuzimar Costa Serra, professora da Universidade Federal do Ceará; e Maria Machado Cota, da Rede Iberoamericana da Associação de Idosos do Brasil.

Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 4 – Educação de Qualidade 

Com informações do MEC

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