A ‘novela Jorginho’ ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (4). Enquanto clube, jogador e empresário se reúnem para definir o futuro do meia que pediu para deixar o Atlético, o técnico Vágner Mancini prepara a equipe para o duelo do próximo domingo (6) contra o Grêmio no Estádio Olímpico.
O treinador ainda não sabe, por exemplo, se contará com o camisa 10. Em entrevista coletiva, Mancini revelou que apesar de estar no CT, Jorginho não conversou e treinou separadamente dos companheiros.
“O caso do Jorginho extrapolou a parte desportiva e também entrou na parte administrativa do clube, passando a ser um problema para a diretoria resolver. Eu tenho pouco a dizer porque o atleta não conversou comigo. Ele passou por mim e não falou comigo, então não sei o que ele está pensando”, destacou Vágner Mancini.
O comandante ainda espera uma retratação do jogador que, segundo o clube, se recusou a viajar para o Rio de Janeiro após saber que tinha perdido a titularidade para a partida contra o Fluminense. Enquanto não houver explicações, Jorginho está fora das atividades com o elenco.
“A partir do momento que o atleta se recusou a subir no ônibus para ir para o jogo contra o Fluminense, comigo ele não treina mais e essa informação já foi passada ao Adson, a não ser que ele venha aqui e se explique. Depois que ele se explicar, é óbvio que vai poder voltar a treinar. Não é só com o Mancini, ele desrespeitou todos os colegas de trabalho, os funcionários do Atlético e a coletividade do Atlético. Eu não sou contra o Jorginho, pelo contrário. Ele era titular no meu time e quando eu o tirei, acabou gerando isso tudo”, afirmou o treinador.
“Não posso abrir exceção para que amanhã outros atletas façam isso. Então comigo ele não trena até que haja uma explicação convincente. Isso não é para o Mancini, é para o Atlético, tenho que proteger o clube. Tenho que respeitar quem viajou e jogou no lugar do Jorginho porque aqui somos uma coletividade. Cuido de 28 atletas, não só de um. Tenho que ser firme. Eu só queria saber o real motivo”, completou Mancini.
O técnico comentou ainda que fez questão de conversar com o elenco, explicar a situação e ‘jogar aberto’ com os demais jogadores. Segundo Mancini, é a maneira correta de se conduzir o caso para que o problema não se reflita dentro de campo.
“Eu sentei com os atletas e conversei com eles. A minha forma de trabalhar é ‘olho no olho’ e falando a verdade, não tem como ser diferente. Estamos num grupo com 28 jogadores onde todos são pais de família, todo mundo responsável. A partir do momento que acontece um desgaste desse no clube, coloco os atletas a par da verdade e a condução se torna mais leve. Eu não posso, de maneira alguma, omitir qualquer informação. Eu também fui atleta e a gente confia em quem tem palavra. A partir do momento que fala a verdade, pode até criar inimizade, mas em 95% das vezes que isso acontecer, você terá êxito no que se propõe a fazer”, explicou o treinador.