Após empates com Vasco e Bahia no Estádio Antônio Accioly, o Atlético-GO viaja para dois compromissos fora de casa nos próximos dias. No domingo (17), o rubro-negro encara o Atlético Mineiro, às 18h15, no Mineirão, enquanto que na quarta-feira (20) o adversário será o Botafogo no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, às 17h.

A sequência como visitante poderia ser negativa para qualquer clube, mas não para o Dragão que tem um desempenho melhor longe de Goiânia do que propriamente atuando sob seus domínios. Com as duas igualdades nas últimas rodadas, o time comandado por Marcelo Cabo a 17 pontos em 15 partidas disputadas, apenas 37,7% de aproveitamento. Por outro lado, é o sétimo melhor visitante do torneio com 45,2% de aproveitamento, com 19 pontos em 14 jogos.

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Em entrevista coletiva antes da viagem para Belo Horizonte, o técnico Marcelo Cabo minimizou os números abaixo da expectativa atuando em casa e explicou que com a pandemia, os mandantes não levam tanta vantagem como em edições anteriores do Brasileirão.

“Nós temos performance e bons resultados fora de casa, mas precisamos entender que o Campeonato Brasileiro durante uma pandemia, mudou. Eu já tinha percebido isso com a retomada do futebol, quando acompanhava o Campeonato Alemão que foi o primeiro e ali já comecei a ficar atento com o que poderia ser o Brasileiro. Hoje o campo ficou quase que neutro, você só tenho uma adaptação maior ao gramado e ao estádio. Talvez se estivéssemos jogando com os nossos torcedores teríamos um ‘plus’ para ter um melhor aproveitamento. Hoje não podemos nos apegar muito ao aproveitamento dentro ou fora de casa, mas sim no âmbito geral da competição porque você só tem uma dificuldade maior com a logística, mas essa demanda não prejudica tanto”, analisou.

O treinador ainda explicou que o comportamento dos adversários quando enfrentam o rubro-negro no Accioly também dificultam as ações ofensivas do time.

“As equipes que vem jogar contra o Atlético-GO jogam um pouco mais fechadas aqui e você tem um pouco mais de dificuldade para propor o jogo e ‘quebrar as linhas’. Quando jogamos fora de casa as equipes saem mais e se expõe mais, como o Atlético-GO tem uma transição eficaz, isso leva a ter bons resultados fora de casa. Mas ainda assim o Atlético-GO tem criado, só não estamos conseguindo traduzir a proposta de jogo em gols, mas vamos trabalhar isso”, disse Cabo.

Além do desempenho como mandante, o treinador também trabalha para melhorar os números do sistema ofensivo. Em 29 rodadas o ataque rubro-negro balançou as redes em 26 oportunidades e agora tem uma opção a mesmo na escalação. Com a saída de Ferrareis que fez contra o Bahia seu último jogo pelo Atlético-GO, Marcelo Cabo busca alternativas para montar a equipe.

Além das opções de utilizar Natanael como ponta esquerda e Nicolas voltar à lateral, o treinador pode optar por Matheus Vargas e deslocar Chico para a posição ou promover a entrada de Janderson e colocar Wellington Rato aberto pela esquerda. Além disso, o comandante avaliou a possibilidade de repetir o sistema de jogo utilizado no clássico diante do Goiás com apenas dois atacantes.

“A gente já vem criando alternativas dentro da equipe para ter mais um sistema de jogo. O que eu utilizei contra o Goiás jogando com quatro homens no meio-campo, dois atacante, 4-1-4-1, a gente acaba criando uma opção para que não fique preso ao 4-2-3-1. Não descarto, é uma possibilidade que pode ser utilizada contra o Atlético Mineiro e também durante a competição”, frisou.