A endometriose afeta mais de 7 milhões de mulheres no Brasil. Apesar de comum, a doença não é muito conhecida e é subdiagnosticada no país e no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 180 milhões de mulheres no globo tenham endometriose.

Para mudar o quadro de falta de conhecimento existe a  campanha do Março Amarelo. Por isso, é um mês inteiro para conscientizar e levar informações para a população acerca da doença. A endometriose é caracterizada pelo crescimento de uma camada interna do tecido uterino fora do útero. 

Assim, a condição causa dores intensas em atividades cotidianas, durante o ciclo menstrual e relações sexuais. Portanto, é uma doença que afeta a qualidade de vida das mulheres, com problemas físicos e emocionais. Michelly de Melo Alves, professora do curso de Enfermagem da Faculdade Una, explica o ciclo da endometriose.

“A endometriose ocorre quando esse endométrio é expelido para a cavidade extrauterina, atingindo o intestino, bexiga, ureter e ovários, ocasionando muita dor nessa região abdominal”.

Tratamento

A prevenção da endometriose consiste em hábitos saudáveis, consultas regulares ao ginecologista e boa alimentação. Mas é preciso ainda cuidar da saúde mental, equilibrando a qualidade do sono e reduzindo a carga de estresse. Uma vez diagnosticada, a endometriose tem tratamento. 

Os sintomas mais comuns são as dores: ao urinar, na ovulação, na relação sexual, na região pélvica e abdominal, e também os ciclos menstruais irregulares e prolongados. É muito importante se atentar aos sintomas.

“É um assunto delicado para a mulher, que ocasiona vários fatores que interferem na saúde e na qualidade de vida, e o acesso à informação ainda é deficiente em relação ao assunto”, disse a professora. Ao observar os sintomas, procure ajuda de um médico ginecologista.

O tratamento inclui exames de sangue, ultrassom, ressonância magnética e videolaparoscopia. Além disso, o médico realiza exame físico. A endometriose é uma doença tratada com anti-inflamatórios, medicamentos hormonais e cirurgia. Neste último caso, a professora Michelly de Melo Alves explica que é realizada a extração do a cavidade abdominal do endométrio.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 3 – Saúde e Bem-estar.

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