A vacinação contra HPV é considerada em pesquisas como uma possível maneira e erradicar o câncer de colo de útero, doença que mata cerca de 7 mil mulheres por ano no Brasil. o imunizante está disponível para meninas a partir dos 9 anos de idade e meninos a partir dos 11 anos de idade, porém que enfrenta resistência e tem baixa adesão da população.

Além do número de mortes causadas, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) também prevê o registro de 16.590 mil novos casos da doença ao longo de 2022, sendo 600 só no Estado de Goiás. O Março Lilás, mês da conscientização e combate à neoplasia debate os métodos para prevenção do câncer, com a vacinação em foco.

Uma das questões identificadas é a desinformação, segundo levantamento da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), feito em 2019, até aquele momento, 4 milhões de mulheres nunca haviam procurado atendimento com um ginecologista e outras 16,2 milhões não passavam por consulta há mais de um ano.

Esse desconhecimento também tem outra consequência, evidenciada pelo alto número de mulheres com câncer de mama. Pelo Setor de Ginecologia e Mama (SGM) do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), só em 2021 passaram mais de 27 mil mulheres, a maioria para tratar tumores na mama.

Alerta de perigo

A especialista Nayara Portilho detalha que na prática, nos tumores de colo de útero, o material do vírus HPV é encontrado em mais de 95% dos casos e que em outros tumores, como vaginal, vulva, anus, pênis, região da cabeça e pescoço, as taxas ficam sempre acima de 50%.

No caso da neoplasia que atinge o colo do útero, o tumor segue como a quarta causa de morte por doenças oncológicas entre mulheres e que o programa de vacinação contra HPV, hoje disponível Sistema Único de Saúde (SUS), começou em 2014 para meninas de 11 a 13 anos. No ano seguinte, a faixa etária baixou para 9 anos e, depois, os garotos também entraram na chamada.

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*Com informações da Associação de combate ao câncer em Goiás (ACCG)