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Horas depois de o governador ter deixado a sede da Polícia Federal em Goiânia, onde ficou preso por cerca de 24 horas, Marconi Perillo (PSDB) foi indiciado pela PF nesta quinta-feira (11), também na Operação Cash Delivery. 

A operação investiga supostos repasses de propina por parte da empreiteira Odebrecht nas campanhas eleitorais do tucano em 2010 e 2014, cerca de R$ 12 milhões. 

O ex-governador chegou a ser preso na quarta-feira (10), de forma preventiva, enquanto prestava depoimento à PF, mas teve um habeas corpus concedido um dia depois, deixando a sede da Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (11). 

O advogado de Marconi, Carlos Almeida de Castro, o Kakay, se manifestou por meio de nota, e disse que quando o ex-governador estava sendo interrogado, o indiciamento já teria sido elaborado, sem que a delegada tivesse ouvido o tucano dar as explicações necessárias. 

Leia a nota na íntegra 

“A Defesa entende que a Polícia Federal deveria ter ouvido o Marconi Perillo ANTES de fazer o indiciamento. Quando chegamos para o ex Governador ser interrogado o indiciamento ja estava feito, sem que a Delegada sequer tivesse ouvido do Marconi as explicações necessárias. Em 5 horas de depoimento o ex Governador respondeu a todas as perguntas e , na visão tecnica da defesa, não deixou nenhuma dúvida sobre a absoluta legalidade de todas as suas ações. Fosse este um inquérito que corresse com um rito normal, com a preservação das garantias constitucionais, a Defesa poderia dizer que tem a convicção de que o ex governador não seria sequer denunciado. Mas a postura pouco republicana do MP e a prisão arbitrária e desnecessária preocupam a Defesa. Se cumprido o rito constitucional a Defesa tem tranquilidade da licitude de todos os atos do Marconi e isto ficara provado ao final da investigação.”