O ex-governador e candidato ao Senado Federal por Goiás, Marconi Perillo (PSDB), reclamou do tom usado pelos adversários na reta final da campanha eleitoral, com a intensificação dos ataques contra o tucano nas últimas duas semanas. Sem citar diretamente as críticas nas últimas propagandas ou pelas redes sociais, Marconi se restringia à atuação da assessoria jurídica, que conseguiu tirar peças dos concorrentes e garantiu direitos de resposta.
Agora, Marconi avalia diretamente que os adversários partiram para “baixaria”. De acordo com o tucano como se não bastasse a “armação em 2018”, seus adversários voltam agora com “assuntos requentados”, em referência à Operação Cash Delivery, do Ministério Público Federal (MPF), que chegou a prendê-lo durante a disputa, há quatro anos. Os autos foram encaminhados ao arquivo, por determinações do STJ e STF.
“É lamentável que, no lugar do debate, da proposta de ideias e compromisso com o povo, partam de novo com esse baixíssimo nível de campanha”, afirma. Marconi afirma que as respostas para os adversários chegam com “muito trabalho e propostas” e repete que “o que falaram e o que fizeram foram desmentidos pela justiça”. “E agora, depois que começaram com essas baixarias, a Justiça Eleitoral já me deu vários direitos de respostas para que a gente recoloque as coisas no lugar. A verdade sempre vence a mentira”, finaliza.
Ataques…
Senadores no exercício do mandato, eleitos em 2018, reagiram às críticas de Perillo e apontam erros do ex-governador. Marconi afirmou nesta semana que seu objetivo ao voltar para o Senado Federal seria “devolver o protagonismo de Goiás a Casa Alta do parlamento”.
Crítica
“Não adianta chegar no Senado e não ter influência e nem ter condições de ajudar a influenciar importantes decisões para o Brasil”, disse Marconi. “O senador que ganhou de mim até hoje não disse ao que veio. Ganhou no grito, ganhou xingando, ganhou com fake”, em clara referência indireta ao senador Jorge Kajuru (Podemos).
… e defesas
Kajuru disse que Marconi está “desesperado porque vai perder as eleições”. “O que nós, senadores goianos, temos a ver com isso?”, afirma o senador ao Diário de Goiás. Já Vanderlan Cardoso (PSD) responde Marconi “erra ao não identificar sobre quem está falando”.
Segurança
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aprovou, nesta quinta-feira (29), o transporte de armas e munições em todo o território nacional por parte de caçadores, colecionadores e atiradores no próximo domingo (2), dia de votação do primeiro turno das eleições 2022.
Regras
A restrição começa a valer 24 horas antes das eleições e termina após 24 horas da votação. A decisão deverá ser comunicada às polícias e aos Tribunais Regionais Eleitorais.
Justifique
“No dia anterior e posterior a eleição, principalmente pela aglomeração de pessoas, se justifica esse ‘habeas corpus’ preventivo. Eleições pacíficas são essência da democracia”, disse o presidente, ministro Alexandre de Moraes. Ainda segundo Moraes, compete à Justiça Eleitoral a atuação não apenas a partir do exercício de suas competências, mas, também, da atividade de administração e gestão do processo eleitoral.
Atraso goiano
O Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) concluiu até ontem cerca de 20,8% dos setores censitários em Goiás. O dado coloca o Estado abaixo da média nacional de 27,5%, nos dois primeiros meses do levantamento. O estado está entre os cinco que menos avançaram nas entrevistas, junto de Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima.
Cidades
A média entre capitais está em 20%, enquanto Goiânia tem 13,5% do trabalho concluído. Os recenseadores atuam em 41% dos setores censitários da cidade e sequer iniciaram os trabalhos em 37% dos locais indicados.
Avaliação
Cerca de 100 milhões de brasileiros já passaram pelo processo e o IBGE divulgará um balanço na próxima segunda-feira (03), sobre o Censo 2022. Está prevista a presença do superintendente estadual do instituto, Edson Roberto Vieira.
