Se o primeiro jogo deixou a desejar pelo respeito exagerado, o torcedor pode esperar que a postura do Atlético no próximo domingo será diferente. É o que garante o técnico Marcelo Martelotte, que destacou o equilíbrio que marcou o primeiro confronto da final, mas acima de tudo, a falta de ousadia da sua equipe, principalmente no 2º tempo. Até pela igualdade, o treinador confia, e muito, na conquista do título.

“Foi equilibrado como a gente esperava, o 1º tempo foi mais movimentado e o 2º mais cadenciado, as equipes se respeitaram muito. A gente deveria ter tido uma iniciativa maior, porque precisávamos mais do resultado que o Goiás, e a etapa final foi muito morna, o que interessa mais a eles. A disputa tá aberta, existe um time com a vantagem de empate, mas além disso existe uma amostra de equilíbrio e de equipes que jogaram muito igual”

No primeiro tempo, as duas equipes tiveram chances claras, como as duas, em sequencia, do atacante Juninho, que acabou parando no goleiro Renan. Martelotte revela que já esperava uma postura mais “conservadora” do Goiás, até pela vantagem, e revela que o time ter recuado no 2º tempo não estava nos planos.

“Não era o planejado, não era o que a gente tinha programado para esse jogo. Lógico que pra gente fazer tudo que a gente pensava, a gente tinha que contar com a ajuda do adversário. No primeiro jogo que a gente fez contra eles, eles também usaram essa estratégia de marcar no meio-campo, de esperar um pouco mais, e eles podem isso por terem uma vantagem conquistada no campeonato”

O fato é que o Atlético precisa quebrar o histórico de empates do confronto, que já soma oito igualdades seguidas entre as equipes. O treinador explicou a saída de Fábio Lima, que foi criticado por uma parte da torcida por, outra vez, não ter se apresentado tão bem, e entende que a “apatia” do 2º tempo foi parcialmente resolvida com as mudanças.

“Eu acho que a gente conseguiu reagir depois que recuperamos a velocidade com a entrada do Diogo e do Brisola, eles tem essa características. Agora, nós não tivemos o poder de definição desses jogadores, o Jorginho passou a jogar mais por dentro. É um momento difícil de arriscar tudo, porque pode dar tudo errado e ter um prejuízo ainda maior para o jogo da volta, então fomos conscientes”