Marcelo Martelotte não é mais o treinador do Atlético Goianiense. O anúncio foi feito pelo próprio comandante, após a derrota para o Icasa, pelo placar de 1 a 0, no último jogo do Dragão antes da parada para a Copa do Mundo. Martelotte deixa o rubro-negro sob muita insatisfação e problemas com pessoas da diretoria do clube. Deixa uma campanha de duas vitórias, quatro empates e três derrotas no Brasileiro, além do título goiano.

De acordo com o técnico, a decisão partiu dele próprio: “Era uma decisão que eu já tinha em mente, mesmo antes dessa última partida. Não comuniquei a ninguém, porque seria ruim antes de um jogo importante falar sobre isso, e o clima no vestiário já era meio cabisbaixo, não queria piorar nada. Agora, sem nenhum jogo pela frente, decidi que era o melhor momento para anunciar”, declara.

Martelotte não quis falar muito sobre sua relação com membros da diretoria, já que Adson Batista e Jovair Arantes são desafetos públicos do treinador, e desviou para falar sobre quais motivos levaram ele a tomar essa decisão: “São razões pessoais, escolhas que eu fiz pensando particularmente, não acho necessário ficar comentando sobre isso. Eu achei que seria melhor para a minha pessoa e para o clube, e assim decidi. Fico feliz pela minha passagem aqui, mas é agora de seguir em frente”.

Perguntado se sua demissão teria sido motivada por uma proposta vantajosa, o técnico negou que tenha contato com outro clube e revelou que pretende descansar. “Não tenho nada certo com ninguém, o máximo que pode surgir nos dias seguintes são contatos extra-oficiais, sondagens, mas não irei acertar nada. Quero descansar um pouco, ver pelo menos um pouco da Copa do Mundo, e só então voltar ao trabalho”, declara.

A passagem do treinador pelo Dragão foi bastante conturbada, com problemas do início ao fim. Logo nas suas primeiras partidas, o time engatou uma sequência negativa que quase culminou na sua demissão. Jovair Arantes, vice-presidente do clube o segurou. Já em guerra declarada com Adson Batista, o técnico virou alvo do seu ex-defensor, Jovair, que chegou a exigir sua cabeça. Ele ainda seguiu no comando do time e agora deixa o Atlético por razões pessoais.