Depois de denunciar suposto caso de racismo nas redes sociais envolvendo um dirigente do Vila Nova durante partida no Onésio Brasileiro Alvarenga em Goiânia na tarde deste sábado (2), a assessora do Brusque Futebol Clube, Lara Vantzen Kempfer, concedeu entrevista ao repórter Paulo Massad, da Sagres, em frente ao prédio da Central de Flagrantes da Polícia Civil em Goiânia.

A assessora acusa um dirigente do Vila Nova de cometer crime de racismo contra um jogador do Brusque-SC, Jefferson Renan. Segundo ela, o vilanovense teria chamado o atleta de “macaco”.

“Logo depois dos 25, 26 minutos (…), o Jefferson Renan sofreu uma falta, a gente até achou que seria para segundo cartão amarelo, para expulsão, e nisso houve xingamentos, coisas que acontecem no futebol, normal, tranquilo, até que um dirigente virou e falou assim ‘levanta aí, seu macaco’. Aí acho que passou do limite dos xingamentos, das coisas normais que acontecem dentro do futebol”, afirma. “Chamei um dirigente meu, do Brusque, pedi que um rapaz da CBF viesse ali para a gente poder relatar o caso, porque acho que não tem mais espaço para racismo, enfim, qualquer coisa que seja relatada no futebol”, afirma.

Pouco depois do apito final, o diretor de Comunicação do Vila Nova, Romário Policarpo, deu a sua versão sobre o que teria acontecido no momento em que a assessora diz ter havido crime de racismo. Na entrevista, Policarpo disse que o clube goiano repudia tal acusação e que vai processar o Brusque por calúnia e difamação.

A respeito disso, Lara disse estar com a consciência tranquila e que vai levar a acusação adiante. Ainda na entrevista, a assessora conta que estava conversando com um policial no momento do suposto ato de racismo, quando um integrante da delegação do Vila se dirigiu a ela.

“Um rapaz ali que estava com a camisa do Vila Nova, eu não sei o que ele é, não sei nem o nome dele. Até quando um policial veio conversar comigo, ele disse ‘você não tem prova para acusar’. Eu olhei para ele e falei assim ‘mas tu nem sabe o que eu tô falando’, e automaticamente já se entregaram ali. Agora a gente está aqui para resolver isso, porque eu acho que deve ser relatado, deve ser levado para frente”, conclui.

Lara acompanhou a partida da arquibancada do OBA (Foto: Paulo Massad/Sagres Online)

Após o jogo, os envolvidos foram para a Central de Flagrantes, no Setor Cidade Jardim. Confira a entrevista a seguir