A derrota do Vila Nova para o Brusque pela Série C do Campeonato Brasileiro foi parar na delegacia. Tudo porque durante o segundo tempo, através de sua conta oficial no Twitter, o time catarinense acusou um integrante da diretoria colorada de injúria racial contra o meia-atacante Jefferson Renan.

Abordado por policiais após o apito final, o jogador afirmou não ter escutado a suposta fala do dirigente que seria “levanta aí, seu macaco”. Porém, em entrevista ao repórter Paulo Massad direto da Central de Flagrantes, delegacia localizada no setor Cidade Jardim, ele reiterou confiança nas palavras da assessora de imprensa Lara Vantzen. Na mesma resposta revelou ter sido ameaçado por pessoas ligadas ao clube goiano.

“Eu relatei para o juiz que no calor do jogo eu não ouvi, e falei isso também para a minha assessora. Mas ela ouviu, foi bem firme com tudo isso e é uma pessoa que nós confiamos muito, tem meu total apoio. É mais um caso no Brasil que é triste, a gente vê muitos casos no futebol pelo mundo. É um caso que temos que relatar, fazer um BO (Boletim de ocorrência). E até no meio da conversa eles falaram um monte de coisa, que nossa vida iria virar um inferno porque teríamos que vir duas ou três vezes aqui em Goiás. Nós falamos que não tem problema porque o que a gente quer é justiça, só isso”, disse Jefferson Renan.

Leia também – “Minha consciência está tranquila”, diz assessora do Brusque que acusou dirigente do Vila de racismo

O atleta de 27 anos completou dizendo que foi a primeira vez na carreira que viveu esse tipo de situação. “Eu nunca tinha passado por isso e não tinha visto ainda. São coisas que a gente não acredita até acontecer com a gente. Mas estamos aqui para resolver toda essa situação”.

Em contato com a reportagem da Sagres, dirigentes do Vila Nova negam a acusação de Jefferson Renan de que teriam ameaçado o jogador que á natural de Barreiros, interior de Pernambuco. Além do Brusque, o meia-atacante também defendeu o Náutico, Figueirense e Boavista.

Confira na íntegra a entrevista de Lara Vantzen e Jefferson Renan ao repórter Paulo Massad: