Salim Mattar e José Nelto (Foto: Reprodução)

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A Secretaria Especial de Privatizações do Ministério da Economia quer que o governo de Goiás faça a oferta pública de 51% de suas ações na Saneago e não os 49%, autorizados pela Assembleia Legislativa em projeto de lei proposto pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). Essa é a principal divergência entre o governador e o secretário especial de Privatizações, Salim Mattar, que levou o governador a anunciar nesta terça-feira (11) o adiamento da venda das ações por tempo indeterminado.

A pedido do governador o deputado federal José Nelto (Podemos) visitou ontem o secretário e acertou uma reunião dele com o governador nesta quinta-feira (13), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira para tentar encontrar uma saída para o impasse. “Não concordamos com o que o governo quer, a venda de 51% das ações da Saneago ou a privatização total da empresa. O governador me pediu para intermediar”, informou o deputado em entrevista à Sagres 730 nesta quarta-feira (12).

De acordo com o deputado, o secretário também reclama do relacionamento conflituoso do governo goiano com a Enel Goiás, que comprou a Celg D em 2017. “O secretário citou o caso do Rio de Janeiro que derrubou as cabines e cancelas da praça de pedágio da linha amarela. Um empresário árabe viu aquilo e ligou para ele (Mattar) para dizer que não se sentia seguro em investir no Brasil”, conta Nelto.

O secretário considerou o conflito com a Enel como mais um fato negativo para os investidores. Segundo o deputado, Mattar disse que o investidor quer segurança jurídica, não baderna. “Ele acha que Goiás não encontrará comprador para 49% das ações. O comprador vai quer ter o controle da empresa e não colocar seu dinheiro nas mãos do governo. Esse é o pensamento do secretário. Eu disse que foi traumática a privatização da Celg”, disse o deputado à Sagres.

José Nelto também reclama que o governo federal não está ajudando o governo de Goiás, apesar de Caiado ser um dos governadores mais leais ao presidente Jair Bolsonaro. “O governo federal é muito frio. O ministro Paulo Guedes pegou a chave do cofre e jogou fora. Ele não colabora. Todas as tentativas de Caiado de resolver a crise econômica fiscal não foram atendidas. O governador fez a tarefa de casa e hora nenhuma o ministro mostra vontade política de ajudar Goiás.”

O impasse sobre a venda da Saneago reflete diretamente no propósito do governador de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa do governo federal que ajuda os Estados em crise. É que a Lei Complementar 159/2007 estabelece a venda de estatais como uma das condições para o Estado ser aceito no programa.

“O governo federal tem atrapalhado muito o governo de Goiás. Não há alternativa para Goiás a não ser entrar no RRF. Se não entrar não terá dinheiro para salários em abril”, disse em referência à liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu até 6 de abril o pagamento dos serviços da dívida. O deputado comparou a situação do Estado a de um paciente que sobrevive graças a uma medicação. “Esse remédio está acabando”.

Assista ao Manhã Sagres:

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