Com o objetivo de avaliar a estrutura da capital paraense para a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), uma missão da ONU estará em Belém a partir desta segunda, 9. A equipe técnica deve permanecer na cidade até a próxima sexta, 13, conhecendo melhor o destino escolhido para sediar o evento mundial, previsto para novembro de 2025. Ao fim da visita, um relatório será entregue, listando as adequações que a capital paraense deverá fazer para receber a Conferência.
A missão estava prevista para o próximo ano, mas foi antecipada a pedido da Casa Civil. A comitiva será acompanhada por membros do Governo do Pará e do Itamaraty que mostrarão os esforços e ações em andamento para garantir que todas as necessidades do evento sejam atendidas até a realização.
No último mês de agosto, a ONU visitou a principal obra da COP30, em Belém, o Parque da Cidade. Na ocasião, a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, recebeu Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, e ainda, uma comitiva do governo federal.
Belém foi anunciada como sede em maio deste ano e embora haja acordo para que o Brasil sedie o evento, a confirmação deve acontecer durante a COP-28 que acontece nos Emirados Árabes Unidos a partir de 30 de novembro e tem um público estimado de 70 mil pessoas. Com a expectativa de aumento de participação nas próximas edições, uma das preocupações recorrentes sobre a capital paraense é justamente sobre os leitos de hospedagem – segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Belém conta, atualmente, com apenas 12.115 disponíveis.
Medidas
No último dia 6, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, firmaram um protocolo de intenções para viabilizar a cessão do antigo prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o objetivo de transformá-lo em um hotel na capital paraense. O propósito da medida é reforçar a rede hoteleira belenense para a realização da COP 30 e dar utilidade estratégica aos espaços públicos sem uso na cidade.
“São oportunidades para Belém e para os paraenses, e fazem parte das alternativas identificadas para superar os desafios identificados para sediar a COP”, explicou Barbalho.
Investimentos
Ainda na última semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um pacote de R$ 3,2 bilhões buscando viabilizar 52 projetos apresentados pelo governo do Pará. Os primeiros contratos devem sair até o fim do ano e preveem investimentos em obras de estruturação urbana, como de saneamento, mobilidade, abastecimento de água, vias, turismo, melhorias da malha viária e transporte público.
“O BNDES é parceiro decisivo para que possamos nos consolidar como referência da agenda ambiental climática do Brasil e do planeta”, disse, na ocasião, o governador do Pará, Helder Barbalho.
Em agosto, o BNDES já havia anunciado a liberação de uma linha de crédito na faixa de R$ 4,5 bilhões para apoiar micro e pequenos empresários da Amazônia, fortalecendo a economia local. No anúncio, a previsão de liberação desta linha era para o mês de novembro deste ano.
“Não queremos apenas o evento; queremos o que permanece para a comunidade, o que melhora o saneamento, a mobilidade e a qualidade de vida da população, especialmente aqueles que mais precisam”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Além disso, em virtude da COP-30, Belém deve receber a aplicação de recursos do Fundo do Turismo Brasileiro, do Fundo Amazônia e do Fundo do Clima.
Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ODS13 – Ação contra a mudança global do clima.
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