Burnout é estar “por um fio”, é ter uma sensação de exaustão, estresse, dificuldade para resolver problemas, de decisão. Esses sintomas podem desencadear uma paralisia e a pessoa passa a não conseguir fazer as atividades diárias, seja por excesso de demandas ou de cobranças, a própria ou de outros.

“O Burnout gera de fato diversas sensações, extrema tristeza, cansaço, irritabilidade e isso também pode ser um facilitador para transtornos psiquiátricos, como ansiedade, depressão, estresse pós traumático (TOC) e outros”, explica o psicólogo parental Filipe Colombini, em entrevista à Sagres TV.

Mais recentemente passou a entrar na discussão o ”Mommy Burnout”, conhecido como Burnout Materno. O termo é utilizado para definir o cansaço e o estresse crônico de mães sobrecarregadas com as funções maternas, tarefas do dia a dia, vida social, entre outras coisas. Com a pandemia isso se intensificou.

”Há uma pressão em cima da mulher, da qual ela seja uma leoa e que dê conta tanto das demandas do filho ou da gravidez, do dia a dia de casa. Então há uma pressão em cima da mulher e que muitas vezes ela se culpa por não conseguir realizar essas funções. Muitas vezes a exaustão atinge o limite, e é a partir daí que tanto a família ou o suporte social dessa mulher acaba dando acolhimento ou algum tipo de suporte”, esclarece Colombini.

Segundo Colombini, o que se percebe é que há uma confusão por parte da sociedade em relação ao Mommy Burnout, e reforça a necessidade de acolhimento e suporte social a essas mulheres.

”Se é um transtorno ou uma pressão cultural. As próprias mulheres se confundem em meio a esses papéis. Mas o que é importante falar é a necessidade de suporte social, seja da família, do marido, de amigos, para que essa mulher consiga identificar e ter suportes sociais, que são grandes fatores de proteção para auxílio, divisão de tarefas, para compreender o que ela está vivendo, que não é uma questão de frescura ou de fraqueza da parte dela. É diminuir julgamentos e buscar acolhimento forte, tanto na gravidez como no decorrer da vida”, conclui.

Assista à entrevista a seguir:

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