Desde o início da Operação Multigrana do Ministério Público de Goiás e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Goiás (Gaeco) ficou constatado que a arrecadação com a venda de ingressos do Parque Mutirama aumentou em 11 vezes.

No dia 1º de janeiro deste ano, eram pouco mais de R$ 3 mil. Com a suspeita do vazamento do esquema, no final de semana seguinte foram arrecadados mais de R$ 35 mil. O promotor de Justiça, Ramiro Carpenedo Martins Netto explicou quais eram os modos de atuação da organização criminosa instalada na Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer de Goiânia (Agetul), responsável por administrar os parques da capital.

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De acordo com o Gaeco, a organização também sugava dinheiro da arrecadação do zoológico da capital. O rombo vem crescendo há pelo menos três gestões anteriores. Já foi estimado que o grupo embolsava em torno de R$ 60 mil a cada final de semana. O promotor reforça que as investigações seguem sob sigilo e, por isso, ainda não é possível divulgar os nomes dos integrantes da quadrilha, mas o jurista não descarta a influência de políticos no esquema.

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De acordo com as investigações, o dinheiro desviado era destinado para o enriquecimento dos membros da organização criminosa e também para fins políticos e partidários.

Com informações da repórter Giuliane Alves