O Ministério Público Eleitoral de Goiás investiga todas as candidaturas à prefeitura de Goiânia, em relação à possível utilização criminosa de servidores públicos nas campanhas. Na teoria, os funcionários podem participar dos eventos e pedir votos para qualquer candidato fora do horário de serviço. Mas o MP tem recebido várias denúncias de que eles têm sido forçados a trabalhar na campanha.

De acordo com as denúncias, funcionários comissionados da Prefeitura de Goiânia e do Governo Estadual poderiam ser exonerados, caso não participassem das campanhas de Paulo Garcia (PT) e Jovair Arantes (PTB).

O coordenador das promotorias eleitorais do Ministério Público, promotor Geibson Cândido Martins, confirma que as investigações estão adiantadas e que denúncias poderão ser levadas ao Tribunal Regional Eleitoral, TRE.

“Isto é inclusive crime. O Ministério Público já está atento e investigando. Temos várias denúncias neste sentido e vamos atuar com muita veemência, já que a questão é muito grave. Nós não seremos transigentes com este tipo de comportamento, que a gente nota que vem sendo desenvolvido pelos governos há várias eleições. Já estamos investigando e, assim que as investigações estiverem concluídas, protocolaremos as ações pertinentes”, explicou o coordenador.

O promotor explica que os servidores públicos municipais ou estaduais podem participar das campanhas políticas, desde que a atuação seja espontânea.

“O servidor, espontaneamente, pode participar da campanha sim, desde que seja de maneira individual. Mas nós estamos percebendo que não há uma espontaneidade do servidor e as aglomerações neste sentido ferem a legislação eleitoral”, destacou.

A investigação corre em sigilo, mas existe um foco nos candidatos que têm o apoio das máquinas públicas municipal ou estadual. “Todas, absolutamente todas as coligações são investigadas, porque há denúncias de todos os lados, mas é lógico que uma ou outra não está ligada a nenhum tipo de poder e, assim, fica mais fácil de a gente centrar esta investigação”, disse Geibson.

O inquérito finalizado será enviado em forma de denúncia à análise do julgamento do Tribunal Reginal Eleitoral.

 

 

@rubenssalomao