Quem já não viveu um “dia daqueles” no trânsito? Congestionamento, acidentes, falta de tempo e paciência. São elementos que costumam deixar a vida de quem depende do fluxo nas ruas e avenidas dos grandes centros bastante agitada… ou não.

Por isso, a Semana Nacional de Trânsito (SNT), conforme disposto no art. 326 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é comemorada anualmente entre os dias 18 e 25 de setembro. A ação promove por meio da conscientização de condutores, ciclistas e pedestres, um trânsito mais seguro.

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior, a coordenadora de Formação de Condutores do Detran Goiás (Detran-GO), Ailta Assis, reforça a necessidade de conscientização do condutor antes mesmo de iniciar o processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

“Se o candidato é filho de um pai agressivo, isso vai refletir nele, porque ele vai ser um condutor agressivo. Os pais são o espelho dos filhos. Se meu pai faz, eu também posso fazer”, argumenta.

Outro problema, segundo Ailta Assis, é banalização das leis de trânsito. “Você forma o condutor, dentro da legalidade, ele precisa saber de todas as regras de circulação, como obedecer a sinalização nas vias. Mas quando ele pega a CNH depois do prazo da provisória, ele fala ‘tô habilitado, vou dirigir da forma que eu quero'”, avalia. “A gente conscientiza o condutor, mas ele não quer cumprir a lei”, complementa.

Ações em todo o país são realizadas pelos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito com o objetivo de conscientizar todos os envolvidos, sejam eles motoristas, passageiros, motociclistas, ciclistas ou pedestres.

Em razão das medidas de isolamento social para enfrentamento do novo coronavírus, a SNT 2020 realizada pelo DENATRAN ocorrerá em formato digital e será denominada “O DENATRAN  na sua vida” e traz também o tema das Campanhas Educativas para este ano.

Para Ailta Assis, a mudança no comportamento deve partir dos próprios condutores. “A pessoa só muda o comportamento a partir do momento em que se envolve em alguma situação ou acidente, e que ela vai ficar por ali sequelada ou temporariamente inabilitada. Se a pessoa não se conscientizar que precisa mudar, ela não vai mudar”, conclui.