De acordo com o economista Thiago de Oliveira, da Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo (Ceagesp), as mudanças climáticas podem afetar os preços dos alimentos a partir de outubro. Um exemplo são as frutas cítricas, que são as mais afetadas pelas ondas de calor.
O clima seco e instável deve impactar a produtividade de laranjas e limões e possivelmente irá afetar o tempo de colheita. Oliveira explica que as condições atuais do clima favorecem a proliferação da doença bacteriana Cancro Cítrico transmitida pelo inseto Psilídeo. A doença já erradicou mais de 2 milhões de pés das frutas no estado de São Paulo este ano e, então, a perda deve afetar o preço que chega para o consumidor.
“Se não houver uma melhora considerável na umidade, haverá um aumento de custo considerável. Estamos falando do meio de outubro, com impacto primeiro nos preços do atacado e pouco depois nas redes de varejo, já chegando ao consumidor”, disse.
Expectativa para dezembro
A alteração do clima não é uma exclusividade deste ano, pois Oliveira lembra que ano passado a flutuação de sazonalidade, tanto de frio quanto de calor não vieram quando esperados e nem com as frequências em que eram esperados. Portanto, isso deve afetar a produção de hortaliças em São Paulo a partir de dezembro.
Thiago de Oliveira contou que tanto os legumes quanto as folhas podem ser afetadas, pois mesmo com a boa oferta nas últimas semanas por causa do clima seco que favoreceu a maturação e a colheita, o mesmo clima não é favorável aos ciclos de plantio e crescimento das plantas.
A preocupação com dezembro é que as hortaliças e frutas cítricas têm aumento de consumo nos meses de calor.
*Com Agência Brasil
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
Leia mais: