O governo do Pará está participando da 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, em Dubai. No segundo dia do evento, o governador do estado, Helder Barbalho, falou sobre as expectativas para a 30ª reunião anual, a COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. “Nós precisamos fazer com que a floresta seja uma nova vocação e esta é a nossa busca, que nós possamos fazer disto uma grande oportunidade”, disse.
Helder Barbalho anunciou parcerias com dois fundos ambientais para reduzir as emissões da pecuária e compatibilizar a atividade com a sustentabilidade. O governador ressaltou que o estado é o segundo maior produtor da pecuária no Brasil, e que a atividade econômica é a segunda mais importante no Pará. No entanto, disse, a compatibilidade deverá incluir a nova vocação.
Barbalho frisou a importância da conferência para o Pará e toda a região amazônia. Sem a sede da COP 29 definida, fala-se muito da reunião que Belém irá sediar. Para o governador é uma grande oportunidade para o município, pois ele estará na agenda climática do mundo nos próximos dois anos.
“O Brasil deve enxergar a Amazônia e o Norte com uma solução para os desafios e nos ajudar a estar apresentando uma imagem de compromisso, modernidade, e acima de tudo nos ajudando a fazer esta transição, em que nós continuemos com as nossas vocações que são fundamentais e decisivas para a geração de emprego e renda para o nosso estado, como a pecuária e a agricultura, a própria mineração, mas nós precisamos fazer com que a floresta seja uma nova vocação”, apontou.
COP 30 em Belém
Entre as metas do estado para a sustentabilidade está uma pecuária 100% chipada até 2026. Com os recursos que a iniciativa privada irá investir no estado em razão da COP 30, Barbalho espera “garantir integridade na atividade da pecuária”.
Além das ações diretas no estado, é preciso investir na infraestrutura da cidade de Belém para receber a COP 30 em 2025. Presente em Dubai, Barbalho rechaçou comparações entre as estruturas da cidade dos Emirados Árabes e a capital do Pará.
“Nós não temos nenhuma intenção de fazer comparação entre a estrutura de uma cidade como Dubai, que representa um dos maiores centros urbanos do mundo. O que nós precisamos é valorizar aquilo que nos diferencia e o que nos diferencia é ter floresta, é sermos um centro urbano com todas as dificuldades de uma cidade brasileira, mas que está na maior floresta tropical do planeta”, disse.
Obras
O governador afirmou que há um planejamento de obras para melhorar a cidade de Belém e a sua região metropolitana. São obras de mobilidade urbana, saneamento e abastecimento de água. Além do fortalecimento e a ampliação da rede hoteleira.
“É uma oportunidade de colaborar para que Belém possa ver vencer os seus desafios, que são de 400 anos. Mas acima de tudo, convidar aqueles que queiram ir à nossa COP não para estar num hotel seis estrelas ou numa cidade extraordinária sob o aspecto da sua mobilidade e de todos os equipamentos que Dubai permite, mas sim, para que possam estar a nos ajudar a deixar um legado para a nossa população. Estar debatendo o clima na maior floresta tropical do mundo que é a floresta amazônica”, argumentou.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
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