Apesar da derrota do Vila Nova na final do Campeonato Goiano, título conquistado de forma inédita pelo Grêmio Anápolis, no último domingo (23), o volante Dudu não foi só tristeza e teve motivos para comemorar ao término do torneio. Em votação promovida pelo Sistema Sagres de Comunicação, o colorado foi eleito o melhor jogador do Goianão 2021, depois de participar de 14 das 16 partidas que a sua equipe disputou no estadual.
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Na manhã desta quarta-feira (26), Dudu esteve nos estúdios da Sagres para receber o prêmio e participou do programa Hora do Esporte. Inicialmente, o volante destacou a felicidade pelo reconhecimento, porém ressaltou que “claro que queria o título. Não só eu, como todos os meus companheiros. Mas quero agradecer a todos e fico feliz demais, porque foi um processo doloroso e não é de agora que venho trabalhando para conquistar o meu espaço, e acredito que vem dando bons frutos”.
Peça chave na formação vilanovense, o jogador de 24 anos, natural de Manacapuru, no Amazonas, é uma cria do Onésio Brasileiro Alvarenga, revelado profissionalmente em 2014. Negociado dois anos mais tarde com o Grêmio, passou por Remo, Votuporanguense e Jaraguá antes de retornar ao clube onde cresceu, em 2020. Contratado para o Campeonato Brasileiro da Série C, participou da campanha de acesso à segunda divisão nacional e disputou 30 partidas na última temporada.
Sobre a derrota na decisão, que ampliou o jejum do Vila Nova para 16 anos sem o título estadual, o volante ressaltou que “não faltou vontade, garra e concentração, mas faltou aquele algo a mais. Se tratava de uma decisão e falhamos em não ter tido um pouco a mais. Poderíamos ter dado esse algo a mais por se tratar de uma final, e ficamos muito tristes pelo título não ter vindo. Queria até parabenizar a grande equipe do Grêmio Anápolis, que foi merecedora e fizeram por onde pela conquista”.
Nova função no meio-campo
Meia-atacante de origem, Dudu ganhou protagonismo em uma posição mais recuado. Questionado sobre a mudança no posicionamento, o meio-campista revelou que “gosto muito de jogar de volante. Primeiro ou segundo, para mim não tem tanta diferença. Normalmente estávamos jogando no 4-2-3-1, então ficava mais ao lado do Arthur e às vezes liberava ele mais para jogar nesse Campeonato Goiano. Se for para escolher entre um ou outro, prefiro mais de primeiro, é onde tenho me adaptado melhor”.
Depois da ida de Pablo para o Bahia, o seu novo companheiro no setor passou a ser Arthur Rezende. Para Dudu, “com o Pablo, nos demos muito bem na Série C, fizemos uma boa dupla e depois com a chegada do Yuri também. A diferença é que o Pablo tem mais característica de meia do que o Arthur, que tem um poder a mais de marcação. São dois craques, fico honrado em ter jogado com o Pablo e estar jogando ao lado do Arthur. São pessoas que têm me ajudado muito e acrescentado para esse meu crescimento”.
Parceria com Frontini
Após o final do Goianão, o ex-atacante Frontini anunciou a sua despedida dos gramados para assumir a direção de futebol do Vila Nova. “O Frontini é um cara que tenho como um amigo, foi ele quem me deu a assistência para o meu primeiro gol como profissional, em 2015, na Divisão de Acesso. É um cara que também tivemos conquistas no Jaraguá e tive a honra de ter trabalhado nesse encerramento de carreira dele”, destacou Dudu.
Na visão do volante, “ele está preparado. Vi a entrevista dele e tenho acompanhado, porque não é de hoje que ele tem se preparado para esse momento. Fico muito feliz por ele e acredito que tem tudo para dar certo: o Frontini é um cara competente e, assim como foi dentro de campo, ele também será fora. Torço muito e tenho certeza que dará tudo certo nessa nova etapa da vida dele”.
