“Vivemos uma falsa sensação de abundância de água. A população tem que começar a perceber que a água é um recurso escasso, limitado e, principalmente, onipresente, pois está ligado a todas as atividades exercidas pelo homem, seja como matéria-prima ou em parte do processo produtivo. Isso precisa ser percebido pela sociedade para que a gente passe a gerir este recurso de uma forma mais consciente”.

Foi assim, em tom de preocupação, que o gerente de planejamento de gestão de recursos hídricos da Secima, João Ricardo Raiser, por telefone, iniciou sua participação no quadro Meio Ambiente do programa Cidadania em Destaque desta terça-feira (21).

Embora seja, de fato, abundante em nosso planeta, somente 1% de toda a água da Terra é doce e própria para o consumo humano. Mesmo assim, o recurso não é utilizado apenas para este fim, mas também para irrigação, pela indústria, geração de energia, transporte e pela biodiversidade.

Criado pela Organização das Nações Unidas em março de 1922, o Dia Mundial da Água é comemorado nesta quarta-feira (22). Presente nos estúdios da 730, o biólogo Philipe Parreira tece uma crítica à sociedade, que age diariamente como se o líquido da vida jamais fosse terminar.

“As pessoas têm consciência da importância da água e, de certa forma, todos sabem que, para consumir um alimento, que seja uma maçã, foi preciso que aquela macieira fosse irrigada. Para se ter a salsinha para fazer o almoço, foi preciso água. Então, todos têm entendimento que precisamos da água, mas tudo o que nós vemos de poluição, destruição e devastação da água hoje é em consequência do nosso mau uso, falta de cuidado em pensar que a água é infinita”, pondera.

Ouça a seguir a entrevista completa

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