Neste domingo (17), o Vila Nova define o seu destino no Campeonato Brasileiro. Rebaixado da Série B em 2019, o clube colorado busca o retorno imediato à segunda divisão em jogo decisivo contra o Ituano, pela 6ª rodada da segunda fase da Série C, no estádio Novelli Júnior, em Itu (SP), às 18h. Na segunda posição do Grupo C, o time precisa de uma vitória para não depender de ninguém e garantir a promoção.

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A luta pelo acesso na Série C de 2020, porém, não é inédita para os vilanovenses, que já foram promovidos em quatro oportunidades. Como parte do momento atual do clube, o Sistema Sagres de Comunicação preparou um material especial com entrevistas inéditas com jogadores importantes no passado e que marcaram os seus nomes na história colorada. Caso do meia-atacante Alex Oliveira, craque do time de 2007.

Contratado no ano do acesso como parte de uma iniciativa da Federação Goiana de Futebol para promover o Goianão, o barra-mansense chegou ao estádio Onésio Brasileiro Alvarenga já consagrado após passagens por Athletico Paranaense, Vasco da Gama, Bahia e Fluminense. Destaque no torneio estadual, seguiu como protagonista no Campeonato Brasileiro ao lado de figuras como Túlio Maravilha, Wando e Heleno.

De acordo com o site Futebol de Goyaz, Alex Oliveira participou de 24 partidas naquela Série C, com sete gols marcados. Na primeira fase, o Vila Nova liderou o Grupo 10, disputado contra Itumbiara, Grêmio Jaciara-MT e Esportivo-DF. Na segunda fase, pelo Grupo 22, uma disputa quente contra Crac, Guarani-SP e Rio Claro-SP. Já na terceira fase, nova liderança no Grupo 27, com Atlético-GO, Villa Nova-MG e Esportivo-RS. Na fase final, o acesso foi conquistado ao lado de Bragantino-SP, Bahia e ABC-RN.

Recordações de 2007

Para o meia-atacante, a primeira lembrança em relação ao acesso em 2007, “sem dúvida nenhuma, é o Serra Dourada lotado com a torcida fazendo a festa. Essa imagem jamais sairá da minha cabeça, porque sempre tive um entendimento da dimensão do que é a torcida do Vila. Todas as vezes que solicitamos a presença dela nos estádios, ela sempre esteve presente”.

A grande tensão na campanha colorada, por outro lado, aconteceu na segunda fase. “Impossível esquecer, principalmente esse jogo do Rio Claro. Tudo o que fazíamos não dava certo e os ‘caras’ chegavam no nosso gol e conseguiam fazer. A imagem que mais me marca é a do pênalti que o Vinícius pega e o juiz manda voltar, então o jogador do Rio Claro bate para fora. Ali tinha a certeza de que aquele ano era nosso, que o ‘papai do céu’ estava conosco e que iríamos subir”, relembra a vitória por 4 a 3, na 4ª rodada.

Contra o Guarani, “martelamos o jogo inteiro. O Buzzetto, que era o goleiro do Guarani, fez defesas milagrosas e a bola não entrava de jeito nenhum, mas no ‘finalzinho’ consegui fazer uma tabela com o Túlio e ajeitar a bola no jeito só para ele ‘enfiar o pé’. Graças a Deus, ela morreu no ‘cantinho’ e conseguimos uma grande vitória. Esse dia eu sei que teve muito vilanovense que passou mal do coração, mas espero que esteja todo mundo bem (risos)”.

“Se for lembrar bem do ano de 2007, a grande força da Série C era o Guarani, que veio justamente cair na frente do Vila. Muita gente apostava que o Vila não chegaria e mostramos que é um clube grande, que tem muita força e torcida e que dentro de campo as coisas se resolvem, então esse jogo foi o inesquecível da Série C”, completou sobre o triunfo por 1 a 0, na última rodada.

Receita para o acesso

Segundo o ex-jogador, que hoje trabalha como treinador, o sucesso para a promoção passa em ter “foco o tempo todo, tem que estar ligado e saber que é o jogo da sua vida, que depois daquele não haverá outro e que precisa estar 100% concentrado. O ambiente e a concentração mudam, mas é individual de cada atleta. O ‘cara’ tem que querer mais do que qualquer outra coisa e entender que é o jogo da vida dele, e tenho certeza que o Vila chegará”.

Conversas com Alan Mineiro

Em 15 de abril de 2019, Alex Oliveira fez uma visita ao clube e encontrou com Alan Mineiro, na época – e ainda neste momento – o camisa 10 vilanovense, quando, inclusive, rendeu comparações entre os meias-atacantes.

Alan Mineiro e Alex Oliveira (Foto: Divulgação/Vila Nova FC)

Nesta temporada, “conversei com o Alan durante o ano, acho que conversamos umas três ou quatro vezes. Ele estava muito triste e chateado, até porque estava machucado na época e fazia força para voltar. Nunca é bom para o atleta estar no departamento médico e o Alan, pela identificação que tem com o Vila, assim como também tive, sem dúvida nenhuma gostaria de estar no campo. Graças a Deus, melhorou e já voltou”.

“Ele sempre me falava sobre o carinho e o amor que tem pelo clube e de tentar fazer o máximo que puder para ajudar o Vila a subir. Hoje sendo a atual referência do clube, acho bacana que o pensamento dele não seja diferente do meu. Espero que o Alan possa estar 100% e faça o gol do acesso, que a bola saia do pé dele, mas, independente de quem seja, o importante é ver a torcida comemorar de novo”, relatou o ex-camisa 10 colorado.

Confira a entrevista de Alex Oliveira à Sagres na íntegra