O presidente da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade de Goiânia (SMT), Felisberto Tavares, afirmou nesta terça-feira (16) em entrevista ao jornalista Altair Tavares, que respeita o trabalho feito pelos parlamentares da Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal, mas que não depende da CEI para assinar o contrato com a empresa que venceu a licitação para instalação dos equipamentos fotossensores na capital.

“Não dependemos do relatório de CEI para fazer ou deixar de fazer. Respeitamos muito o trabalho da Câmara, da CEI, dos vereadores, que são sérios, mas nós temos discernimento, capacidade de análise, de saber se vai assinar ou não por nosso livre convencimento, não por depender de órgão nenhum”, afirma.

De acordo com o presidente, a SMT aguarda somente o aval dos procuradores da Controladoria Geral do Município (CGM) para dar prosseguimento à assinatura do contrato com a empresa Eliseu Kopp & Cia Ltda.

“Quero acreditar que a gente assine essa semana. A empresa diz que está em condições de iniciar o trabalho imediatamente à certificação do contrato”, pondera.

De acordo com o secretário, a prefeitura está deixando de arrecadar em média R$ 5 milhões por mês, decorrentes das infrações de trânsito na capital, e que aproximadamente 30 mil motoristas não está sendo penalizados por conta da ausência dos equipamentos fotossensores.

CEI da SMT na Câmara

Pelo segundo dia consecutivo, o presidente da Eliseu Kopp & Cia Ltda, Lino Murano, não compareceu para prestar esclarecimentos à CEI que investiga irregularidades na SMT.

Na segunda-feira (15), o representante da empresa que venceu a licitação para instalação de fotossensores em Goiânia, o advogado Eduardo Luchesi, informou aos vereadores que a ausência do gestor foi em função de um problema de saúde.

Nesta terça (16), quando questionado pelos parlamentares sobre as supostas irregularidades, o jurista afirmou que somente o presidente da companhia é quem está apto a responder às perguntas.

De acordo com o vereador Elias Vaz (PSB), os valores apresentador por empresas de fotossensores na capital goianas são superiores aos praticados em outras cidades, e que a diferença no contrato chega a R$ 9,5 milhões.

O parlamentar defende que a prefeitura tenha direitos sobre os equipamentos ao final do contrato. Para Felisberto Tavares, esta questão deveria ter sido discutida durante a elaboração do edital.