O piloto Brasileiro, disse, em depoimento à Federação Internacional de Automobilismo que foi orientado pelo diretor de sua equipe a forjar o acidente   O site inglês “F1SA” publicou a íntegra do depoimento de Nelsinho Piquet à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre o caso do acidente ocorrido no Grande Prêmio de Cingapura, no ano passado. Na ocasião, depois do acidente, o carro de segurança teve que entrar na pista, favorecendo a vitória do piloto Fernando Alonso, companheiro de equipe de Nelsinho.   Durante o depoimento, o piloto brasileiro fez a seguinte declaração:  “Fui convidado pelo Sr. Flavio Briatore, que é tanto meu ‘manager’ quanto diretor da equipe Renault, e pelo Sr. Pat Symonds, diretor técnico da mesma equipe, a bater deliberadamente meu carro, a fim de influenciar positivamente o desempenho da Renault. Concordei com esta proposta e conduzi meu carro para acertar o muro, provocando um acidente entre as voltas 13 e 14”.   O piloto afirmou que quando recebeu a proposta estava em um momento de fragiidade. “Estava em um estado mental e emocional muito frágil. Este estado de espírito foi provocado pelo estresse intenso causado pelo fato de que o Sr. Briatore se recusou a informar da existência da renovação de meu contrato de piloto para 2009, como habitualmente ocorre no meio da temporada”.   De acordo com Nelson Piquet, a estratégia já havia sido planejada e foi apresentada a ele pelo diretor da equipe. “A curva foi escolhida porque aquele local específico não possui guindastes que permitiriam que um carro danificado pudesse ser rapidamente removido da pista, nem possui entradas laterais, o que permitiria que um fiscal pudesse empurrar rapidamente o carro para fora dela. Assim, considerou-se que um acidente neste lugar específico seria quase certo de provocar uma obstrução da pista e que, portanto, seria necessária a entrada do safety car”.   O piloto informou ainda que o assunto do acidente não foi mais tratado entre ele e o diretor da equipe depois da corrida. “Após as discussões com o Sr. Briatore e o Sr. Symonds a estratégia do acidente nunca foi discutida novamente. “ O Sr. Briatore discretamente disse “obrigado” após o final da corrida, sem falar mais nada”, disse, no depoimento.