(Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

O Goiás empatou com a Ponte Preta no Estádio Olímpico e deixou escapar a chance de se aproximar ainda mais do líder Fortaleza. Além do jogo movimentado e dos quatro gols, a partida também ficou marcada pela cera dos jogadores da Macaca que, após o 2 a 0, buscaram atrasar as jogadas e caíam com frequência no campo.

Dois atletas, inclusive, receberam cartão por retardarem a partida. O goleiro Ivan, ainda no primeiro tempo, foi advertido. O atacante Júnior Santos, que já tinha amarelo, recebeu o segundo na etapa final por cera e acabou expulso. Após o apito final, o técnico Ney Franco desabafou sobre a situação e reclamou da demora na reposição das jogadas por parte dos atletas da Ponte Preta.

“Um pedido que eu faço aos meus atletas, ganhando ou perdendo o jogo, pede atendimento se realmente precisar de atendimento. Nós estamos matando o futebol brasileiro. O que a gente viu aqui hoje, da Ponte Preta, um time tradicional, e não é só a Ponte, a gente vê isso na Série A, na Série B. Nós estamos achando uma “brechinha” no fair play, qualquer bola que você perde hoje, você cai, joga a bola pra fora porque contundiu. Isso é uma vergonha para o futebol brasileiro. Não estou falando só da Ponte Preta. Acho que nós, treinadores, professores, educadores, deveríamos criar uma campanha principalmente nas categorias de base, porque essa forma como os jogadores estão fazendo não pode ser o espelho do futebol brasileiro”.

A atitude dos jogadores da Ponte surgiram após a equipe comandada por Marcelo Chamusca abrir 2 a 0 no placar antes mesmo dos primeiros 30 minutos de jogo. No entanto, Tiago Luís e David Duarte, no fim da partida, deram a igualdade ao Verde. Por conta disso, o comandante esmeraldino preferiu valorizar o ponto conquistado.

“Nós ganhamos um ponto, pela circunstância do jogo. A parte defensiva eu concordo, nós estamos sofrendo muitos gols, mas também marcamos muitos gols. A nossa proposta de jogo é ofensiva e em alguns momentos a nossa defesa fica exposta”, analisa Ney Franco.

O técnico reiterou também a sua confiança no goleiro Marcos. Mais uma vez, o camisa 1 do Goiás acabou vaiado e contestado pelos gols sofridos.

“O Marcos é titular da nossa equipe, não vamos fazer onda não. Eu não vi torcedor vaiando o Marcos e inclusive eu queria dar os parabéns para a nossa torcida organizada, agradecer, eles cantaram o jogo inteiro. Nós estamos vivendo um bom momento no Goiás e o Marcos é o titular da nossa equipe até o final da competição a não ser que ele tenha algum problema de lesão. Não vamos criar fantasmas”.