Desde que assumiu a Seleção Brasileira durante as eliminatórias em 2016, o técnico Tite havia instituído o rodízio com a braçadeira de capitão. Na Copa do Mundo foram três em cinco jogos: lateral esquerdo Marcelo e os zagueiros Miranda e Thiago Silva. Nesta sexta – feira (7), no primeiro amistoso pós – Copa, contra as Estados Unidos, em Nova Jersey, o capitão será o atacante Neymar, que foi muito criticado não só pelas atuações apagadas no Mundial, mas também pelo fato de não ter falado com a imprensa desde então.

“Quando não estou bem prá falar, prefiro ficar calado, pois acho que o silêncio é a melhor resposta, e a melhor resposta para vocês tenho que dentro de campo, não importa se sou o capitão ou não. Resolvi aceitar novamente, porque aprendi muita coisa, vou aprender muito mais e essa responsabilidade vai fazer bem prá mim”, disse Neymar.

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

O técnico Tite também compareceu na coletiva após o treino desta quinta – feira (6) no estádio Metlife Stadium. O comandante da Seleção Brasileira defendeu o camisa 10 e explicou sua escolha para ser o novo capitão.

“É uma liderança técnica, um jogador que amadureceu ao longo do tempo, que tem sabido absorver situações importantes positivas, de erros e de críticas. Ele tema minha confiança e tem todas as condições de uma retomada, um caminho novo”, explicou o técnico

Outros temas foram abordados com Neymar durante a coletiva. Uma comparação do momento pós – Copa de 2014, quando foi convocado para as Olímpiadas no Rio de Janeiro, foi feita com situação atual. O craque revelou estar convivendo com muita pressão.

“Naquele momento eu estava totalmente pressionado. Ninguém nesta sala vai passar por algo que eu passei. Não só durante as Olímpiadas, pós Copa do Mundo também, quando fui alvo de muitas críticas e não me senti bem para falar”.

Sobre a fama de “cai – cai”, Neymar levou na brincadeira. O atacante aproveitou para ressaltar o esforço que fez para estar na Copa da Rússia.

“Fiz um esforço muito grande para estar na Copa do Mundo. Fui ao meu máximo na competição. Claro que queria estar 100% como estou hoje. Quanto ao cai – cai, sou um jogador que pego a bola 10 vezes e 11 vou prá cima do adversário. Sabe como é, sou mais leve, mais rápido e eles não vão deixar eu passar sem dar uma “porradinha”. É um outro aprendizado que levo prá mim”, completou.

Quanto a reconquistar a confiança da torcida brasileira, que ficou abalada depois da fraca atuação no Mundial, Neymar resumiu tudo às apresentações dentro de campo.

“Acho que vou reconquista – los jogando futebol. A responsabilidade é maior por causa da braçadeira, mas não adianta nada se não jogarmos futebol. Aproveito para pedir desculpas para a torcida, pois a gente buscou, fez o possível para conquistar a Copa”, finalizou.