O novo secretário municipal de Cultura, o ex-vereador Zander Fábio Alves da Costa (Patriota), foi escolhido pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), mesmo com extensa lista de processos na Justiça, inclusive como réu em ações sobre crimes contra a administração pública e condenações. Ao todo, são 19 processos listados no sistema do Tribunal de Justiça de Goiás, sendo ao menos duas condenações.
Zander e Amarildo Pereira foram sentenciados a 11 anos de prisão e multa em janeiro de 2015, pelos crimes de peculato e formação de quadrilha, por conta de esquema de fraudes em cheques que seriam, originalmente, destinados ao recolhimento do INSS da antiga Companhia de Obras do Município de Goiânia (COMOB).
Mais recentemente, em janeiro de 2020, Zander foi condenado a mais 12 anos de reclusão por fraudes e desvios de recursos públicos das bilheterias do Parque Mutirama e do Zoológico, em ação resultante da Operação Multigrana, do Ministério Público Estadual (MPGO). O ex-vereador recorreu das condenações e a primeira, referente a crimes em 2004 e ação de 2006, prescreveu em 2016.
Zander Fábio ainda responde a outros dois processos abertos após investigações do Ministério Público e foi acionado diversas vezes por dívidas não pagas (execução de título extrajudicial), que somam R$ 1,3 milhão. Há ainda duas ações abertas pela própria Prefeitura de Goiânia, resultado do não pagamento de IPTU.
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Fantasma
Novo secretário de Cultura teve também decisão desfavorável em processo de primeira instância por permitir que um servidor supostamente recebesse salário sem trabalhar. A decisão liminar foi dada pelo juiz José Proto de Oliveira, da 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal, em 8 de dezembro de 2020.
Manifestação
Além da ficha criminal do novo secretário, a falta de vivência do ex-vereador no meio cultural, além da atuação dele como cantor sertanejo, motivou nota de entidades contra a nomeação. O texto detalha as demandas do setor e a necessidade de um nome que conheça os caminhos para se gerenciar a produção e difusão da área.
Surpresa!
“Daí a surpresa do setor: desconhecemos qualquer atuação do ex-Vereador Zander Fábio na área cultural. Nossa cidade tem nomes capacitados para essa missão que conhecem o setor cultural e possuem compromisso social no desenvolvimento de políticas públicas culturais. Inserir a secretaria de Cultura como moeda de troca no tabuleiro político pode comprometer não somente o setor cultural de Goiânia, mas todo o desempenho do prefeito a frente de sua gestão”, escrevem entidades em um trecho da nota.
Tem CPI?
O senador Jorge Kajuru, acompanhado do líder do Cidadania, Alessandro Vieira, conseguiu vitória no Supremo Tribunal Federal para instalar a CPI da Pandemia, no Senado. Os dois reforçaram o pedido e conseguiram decisão favorável do ministro Luís Roberto Barroso, que reconheceu a presença de assinaturas além do mínimo necessário para a criação da Comissão.
Embate
A decisão reforça críticas dos senadores à declaração do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), de que a CPI causaria mais instabilidade política, o que prejudicaria o combate à pandemia.
Omissão
Para o ministro Barroso, a Constituição estabelece que as CPIs devem ser instaladas quando os três requisitos forem cumpridos (assinatura de um terço dos integrantes da Casa; indicação de fato determinado a ser apurado; e definição de prazo certo para duração), não cabendo “omissão ou análise de conveniência política por parte da Presidência da Casa Legislativa”.
Categoria
O advogado Julio Meirelles foi lançado nesta quinta-feira (08) como pré-candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) pelo grupo de oposição Nova Ordem. Ele é o quarto pré-candidato confirmado até agora para o pleito que deve ocorrer em novembro.
Situação
A disputa por enquanto conta com Julio e com mais três candidatos ligados à situação: Rafael Lara, Valentina Jungmann e Rodolfo Otávio Mota.
