O dramático desenvolvimento da Guerra da Ucrânia tem gerado o alerta por parte de vários entes internacionais sobre uma grave ameaça nuclear. Como o conflito não para, segundo o historiador e professor de geopolítica, Norberto Salomão, não há um cenário favorável nesse sentido.

Confira a análise na íntegra:

“Está ocorrendo, desde a última quarta (17), a visita do Recep Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia, na Ucrânia, do presidente Volodymyr Zelensky. Está por lá também o António Guterres, secretário-geral da ONU, todos muito preocupados com todo esse processo. A Turquia, sem dúvida, é a grande interlocutora com a Rússia, apesar de fazer parte da Otan, mas tem essa interlocução com o Vladimir Putin, que levanta uma certa expectativa de alguma conversação mais produtiva, mas até agora não tivemos nada disso. Em março de 2022, a Rússia dominou a cidade de Zaporizhzhya, onde está a maior usina nucelar da Europa e a nona do mundo. Os russos tomaram aquela região e podem usar a usina como escudo, porque se explodir a usina vai radiação para todo canto”, destacou.

Ainda envolvendo a questão de ameaça nuclear, na última terça-feira (16), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que se trata de especulação da mídia as informações de que Moscou poderia implantar armas nucleares ou químicas no conflito. Para Norberto Salomão, tudo pode acontecer, apesar de não ser a intenção dos russos.

“Apesar das proibições, de toda uma regulamentação internacional, lógico que pode acontecer, dependendo dos próximos lances dessa guerra. Parece não ser a intenção da Rússia, o próprio ministro afirma que não é e a estratégia é atingir as metas sem armas nucleares, mas nunca se sabe, não dá pra confiar”, comentou.

Uma outra notícia surpreendente, também analisada por Norberto Salomão, foi a de que a China vai enviar tropas para a Rússia para participar de exercícios militares conjuntos. Assista à participação completa do historiador no link acima.

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