Após a vitória contra o Avaí, o goleiro Márcio chamou a responsabilidade da manutenção do Atlético na Série B do Brasileirão para o grupo de jogadores. “Nós entendemos que o erro não está nos treinadores, está na gente. E a solução também está na gente. A contribuição dos treinadores é fundamental, mas não podemos creditar o insucesso na conta do PC, do Renê, do Jairo e do Waldemar”, declara o capitão da equipe, referindo-se diretamente aos antecessores de Gilberto Pereira no comando técnico.

“O Gilberto é o quinto treinador este ano. Então, o erro está na gente e temos que corrigir”, reforça. Segundo o goleiro, o time tem conseguido assimilar o que pede o novo comandante e, dentro de campo, isso já pode ser percebido pelo equilíbrio entre os setores. “O ataque está conseguindo fazer gols suficientes para algumas vitórias e alguns empates, enquanto a defesa tem sofrido o mínimo possível. Com o pessoal se doando ao máximo, desde o ataque, ajuda a gente aqui atrás”, avalia o goleiro.

Para Márcio, o emocional do grupo tem que ser controlado, de forma a garantir um melhor rendimento dentro de campo, mesmo diante de situações adversas, como o gol sofrido para o Avaí no fim do primeiro tempo, por exemplo. “Quando se toma um gol assim, é uma ducha de água fria. A gente tem que entender que o gol pode acontecer a qualquer momento”, afirma.

Sobre as falhas cometidas nos últimos jogos, em especial as de Anselmo nas finalizações, o goleiro garante que o grupo confia no profissionalismo e talento do atacante, que tem uma história positiva com o clube. “As emoções fluem naturalmente com um atacante. Uma hora é xingado e minutos depois é ovacionado. O Anselmo está acostumado a isso”, analisa. A redução de peso nos ombros do centroavante foi tanta ao fazer o gol da vitória rubro-negra que ele extravasou na comemoração, tirando a camisa, e foi amarelado. Depois, tentou forçar uma penalidade e foi expulso. “O Anselmo está triste com a expulsão. Infelizmente, ele errou ao tirar a camisa, não se conteve. Mas o juiz não precisava dar o pênalti, mas também não precisava expulsá-lo”.

Faltando 6 jogos para o fim do campeonato, o Atlético ainda tem chances reais de escapar do rebaixamento, mas fazer contas não é a maior preocupação. “A matemática certa é vencer e acreditar jogo a jogo”, resume Márcio. E a fórmula para evitar novos contratempos, de acordo com capitão rubro-negro, é levar o futebol na base do quanto mais simples melhor. “O Atlético cresceu muito. Saiu da Série B do Goiano, na simplicidade, na humildade, e fomos à Série A. Talvez tenhamos pecado um pouco pela falta de humildade e o reflexo é esse. Mas sempre há tempo e a gente está tentando corrigir dentro do clube”, conclui.