A grandeza de um clube vai além dos resultados dentro de campo e dos títulos conquistados, e eu posso provar. É claro que levantar troféu é essencial quando falamos de futebol, mas o papel do esporte dentro da sociedade ultrapassa o limite das quatro linhas.
O maior exemplo disso é o Esporte Clube Bahia. Campeão brasileiro em 1988, conquistou 48 títulos do Campeonato Baiano e ainda três troféus da Copa do Nordeste. Os feitos dentro de campo se juntam às “ações afirmativas” propostas pelo clube e o consequente engajamento em causas sociais, fazendo do Tricolor de Aço um gigante no futebol brasileiro.
Desde que o atual presidente Guilherme Bellintani assumiu a equipe, o Bahia mostrou como é importante se posicionar. Virou exemplo. Nos últimos anos são várias as ações sociais promovidas pelo clube que, através de um marketing muito bem feito, chamou atenção para movimentos da sociedade.
Nas diversas campanhas promovidas o tricolor abordou a luta contra o racismo e a consciência negra, contra a violência nos estádios, apoio aos LGBT, reconhecimento de paternidade, além de facilitar a denúncia para crimes de assédio às mulheres nos estádios, entre outras.
Uma que eu, particularmente gostei muito, aconteceu em outubro do ano passado. Em agosto de 2019, as praias do nordeste foram afetas por um vazamento de óleo que, por meses, mancharam a região. Como protesto e pedindo punição aos responsáveis, o Bahia entrou em campo no Campeonato Brasileiro com uma camisa “manchada de óleo”.
Na última quarta-feira (22) mais uma ação virou notícia no país: em homenagem aos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente no combate ao coronavírus e buscando conscientizar a sociedade, os jogadores tricolores entraram em campo com um uniforme que estampava a marca do SUS (Sistema Único de Saúde) e uma “máscara” em seu escudo.
(Foto: Twitter/Bahia)
O Bahia é gigante e precisa ser copiado. O caminho já foi mostrado, basta ter um bom marketing e seguir.