Vinícius Tondolo
Vinícius Tondolo
Vinicius Tondolo é diretor executivo do Sagres Educa, jornalista do Sistema Sagres de Comunicação, Mestre em Comunicação, docente e especialista em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pelo curso de formação internacional MAIA

O papel da Educação nas novas decisões globais

Nesta última semana, a Cúpula do Futuro, organizada pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), reuniu cerca de 4000 chefes de estado e 7000 representantes de diversas áreas da sociedade civil para fomentar o debate quanto ao futuro, a formatação de um pacto global e a indicação de US$1 bilhão para fundo de proteção e inclusão digital.

A adoção do Pacto para o Futuro pela ONU representa uma oportunidade histórica para repensarmos o papel da educação e da juventude na construção de um mundo mais sustentável. Com a inclusão de temas essenciais como mudanças climáticas e cooperação digital, esse pacto oferece diretrizes claras para integrar a sustentabilidade ao currículo educacional, preparando os jovens para enfrentarem os desafios do futuro.

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A educação, como ferramenta central, deve ser adaptada para incluir práticas que estimulem a consciência ambiental e a inovação. O compromisso de conectar escolas à internet, por exemplo, é uma medida fundamental que pode viabilizar o acesso a conteúdos sobre energias renováveis, gestão de resíduos e agricultura sustentável. Além disso, o envolvimento dos jovens em decisões globais, proposto pela ONU, não apenas oferece voz às novas gerações, mas também estimula o desenvolvimento de lideranças comprometidas com a sustentabilidade.

A partir dessas diretrizes, propomos ações práticas: primeiramente, o desenvolvimento de programas educacionais focados em sustentabilidade, que capacitem os estudantes a aplicarem soluções ecológicas em suas comunidades. Isso pode incluir hortas escolares, projetos de reciclagem e uso de tecnologias verdes. Em segundo lugar, o fomento ao empreendedorismo sustentável entre os jovens, apoiando startups e iniciativas que aliam tecnologia e preservação ambiental.

Assim, com educação e participação ativa, é possível construir uma geração mais preparada e comprometida com um futuro sustentável, transformando o pacto da ONU em ações concretas que mudam realidades.

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[COP À COP]

– SHOW NA AMAZÔNIA. O Rock in Rio fará uma edição especial no Pará em 2025, coincidindo com a COP 30, que ocorrerá em Belém. Este evento marca a primeira vez que o festival será realizado na região amazônica, com o objetivo de destacar a sustentabilidade e a preservação ambiental. A iniciativa busca combinar música e debates sobre as mudanças climáticas, reforçando a importância da Amazônia na agenda ambiental global.

– FALTA DE ÁGUA. A crise climática está impactando o comércio fluvial no Rio Paraná, rota vital para o escoamento de grãos da Bolívia, Paraguai, Brasil e Argentina. De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosario, o rio se aproxima de sua mínima histórica, registrando o segundo menor nível já visto para essa época, apenas superado por 2021. Para evitar encalhes, embarcações estão reduzindo suas cargas em até 15%. Na última sexta (20), o Paraná marcava apenas 0,35 m em Rosario, enquanto a média histórica para o período é de 2,50 m.

– MINERAÇÃO DO PANAMÁ. A mineradora canadense First Quantum Minerals abriu um programa de aposentadoria voluntária para os trabalhadores da mina Cobre Panamá, enquanto aguarda uma decisão do governo sobre a retomada das operações. A mina, uma das maiores fontes de cobre do mundo, foi fechada em novembro após a Suprema Corte do Panamá declarar seu contrato inconstitucional. Protestos ambientais também contribuíram para o fechamento. O presidente José Raul Mulino afirmou que a mina não está na agenda de seu governo até 2025. Trabalhadores devem escolher entre a aposentadoria voluntária ou horas reduzidas até o final de setembro.

– FOGO NA AMAZÔNIA. No Peru, os incêndios florestais levaram a presidenta Dina Boluarte a decretar estado de emergência na quarta-feira (18), após uma devastadora sequência ambiental que já havia causado 16 mortes. O decreto, com validade de 60 dias, abrange as regiões de San Martín, Amazonas e Ucayali, permitindo o direcionamento de mais recursos para os esforços de mitigação. Além dos danos à natureza, o país enfrenta a ameaça aos seus sítios arqueológicos, que estão igualmente em risco devido às chamas descontroladas.

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