O presidente executivo do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, voltou a falar sobre ser favorável a presença dos torcedores nos estádios. Em entrevista concedida ao Sistema Sagres de Comunicação, Hugo se manifestou sobre o tema.

“Continuo mantendo nosso posicionamento firme, pois devemos parar de hipocrisia. Futebol não tem que ser condenado enquanto vários outros segmentos aí estão funcionando, estão reabrindo e tendo sua atividade normal. A gente respeita muito esse problema da pandemia, eu tenho medo dessa doença, diga-se de passagem. Graças a Deus não contraí e espero não contraí-la. Acredito que como qualquer outro segmento que retornou, o futebol tem que retornar, não pode ser penalizado”, afirmou.

De forma incisiva, o presidente colorado falou sobre as dificuldades vividas pelos clubes de futebol. Hugo considera que o retorno gradativo do torcedor deveria ocorrer imediatamente.

“As pessoas acham que o futebol vive numa redoma de vidro, onde temos um mundo completamente a parte, em que as pessoas acham que em clube de futebol está caindo dinheiro do céu. Clube de futebol é o último a ganhar dinheiro. Ganha-se dinheiro jogador, empresário, advogado, radialista, tudo, mas clube é o único prejudicado em tudo isso. A medida que as pessoas estão voltando, nós defendemos o retorno proporcional, de forma paulatina da torcida e de imediato. O que estão fazendo com o futebol é uma verdadeira vergonha, hipocrisia”, destacou Hugo Jorge Bravo.

Desde o início da Série C, houve relatos de aeroportos e aviões lotados, não respeitando o isolamento social e as normas de segurança para evitar o contágio do COVID-19. Hugo Jorge Bravo usou esses exemplos para reafirmar sua ideia de que deve ser repensada a possibilidade da volta do torcedor e inclusive citou possibilidade de liberação, pra quem já teve a doença.

“Você sai pra jogar, e entra no avião com 120 pessoas, lotado, um encostado no outro e não se tem medida de distanciamento social, não se tem nada. Você aguarda um avião em aeroportos pequenos e lotados. Isso aí é uma prática que acontece em vários outros segmentos, supermercado tá cheio, padaria, drogaria, fila em banco. No final da história, estão pensando que só em estádio de futebol que se pega o COVID-19. Vai até uma pergunta, e quem já pegou, que está imunizado, não pode ir ao estádio não? Nós estamos falando de quase dez por cento da população contaminada, então quem já pegou não pode vir ao estádio não? Nós defendemos sim o retorno, de forma responsável, em que as medidas preventivas sejam cumpridas, que seja feito todo um planejamento nesse sentido”, falou o presidente.

No Rio de Janeiro, o prefeito da cidade, Marcelo Crivella do Partido Republicanos, apoia a intenção do Flamengo contar com seu torcedor muito em breve nos estádios. Sobre um contato com os governantes do Estado de Goiás, o presidente Hugo Jorge Bravo afirmou não ter conversado com ninguém e entende que a iniciativa tem que partir mesmo, dos clubes mais tradicionais.

“Eu sou bem franco, bem objetivo. Acho que a guerra tem que vir dos times da Série A com maior expressão. Times também que estão sendo penalizados sobremaneira com a ausência de público. Acredito que eles devem puxar a fila. Torcemos muito, nos solidarizamos com isso aí e torcemos pra que eles consigam esses objetivos. Parabenizo o prefeito do Rio de Janeiro, logico que ele foi até um pouco afoito, falando que no jogo do Flamengo com o Athletico Paranaense teria público. Ele esquece que tem uma entidade que regula o futebol, que não é a prefeitura do Rio de Janeiro. Mas ainda assim, a gente parabeniza o posicionamento dele e esperamos que eles sejam protagonistas nesse retorno do público”, finalizou Hugo Jorge Bravo.

Caso seja liberada a presença do público nos estádios em Goiânia, o presidente informou que ainda não tem uma decisão definitiva, mas que a tendência é que o Vila Nova passe a mandar seus jogos no Serra Dourada. Atualmente o time colorado tem atuado pela Série C no Onésio Brasileiro Alvarenga e mantém os cem por cento de aproveitamento jogando em casa. Ontem(21) o Tigrão venceu o Imperatriz – MA por três a zero e antes, já tinha vencido o Santa Cruz por um a zero e o Paysandu por dois a zero.