DANILO LAVIERI, GABRIEL CARNEIRO, IGOR SIQUEIRA, PEDRO LOPES, RODRIGO MATTOS
DOHA, QATAR (UOL/FOLHAPRESS) – A cena foi vista por todo o mundo: Messi se encaminha para receber a taça do mundo das mãos do presidente da Fifa, Giani Infantino. Neste momento, o emir do Qatar Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani apresentou para Messi uma roupa preta com certa transparência com detalhes em douradas. Começou a vesti-lo, o jogador argentino aceitou.
Assim, quando levantou a taça, o camisa 10 argentino usava essa espécie de túnica. Ou seja, a imagem mais marcante do Mundial é marcada por essa roupa.
O nome da peça é Bisth, uma roupa tradicionalmente usada pelos qataris em ocasiões especiais. Pode ser utilizada quando há um casamento, noivado ou quando o Emir vai receber uma autoridade de outro país. O próprio Al Thani estava vestido com a roupa.
O Bisth pode ter diversas cores e é usado por cima de outras roupas. Sua característica principal é ter detalhes em dourado. Por ser uma roupa típica do Qatar está com sua imagem diretamente ligada ao país. Ao colocar a roupa em Messi, o Emir fez com que a entrega da taça tivesse um elemento do país na foto icônica.
O Qatar quis organizar a Copa-2022 como forma de projetar a imagem do país, seja como força política, seja por uma suposta receptividade. Nos preparativos do Mundial, houve severas críticas ao país por leis que são restritivas a direitos da comunicada LGBTQIA+ quanto relacionado a desrespeito a trabalhadores que atuaram na construção de projetos da Copa do Mundo.
Não é costume jogadores utilizarem roupas tradicionais do país na entrega da taça. Em geral, estão com seus uniformes de jogos ou podem usar uma peça pessoal, como foi o caso de Cafu na entrega da taça do pentacampeonato. Tinha uma camisa com alusão ao bairro de sua infância.
Na imagem que Messi levanta a taça, boa parte do uniforme da seleção argentina está tampado pelo Bisth. Na sequência, o jogador tirou a roupa.
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