Aparecida de Goiânia registrou, nesta quinta-feira (6), a primeira morte causada a partir de infecção da variante Ômicron. Segundo o município, o paciente, de 68 anos, tinha comorbidades, hipertensão arterial e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que favoreceram a rápida evolução da Covid-19. Com a realização do sequenciamento genômico foi possível confirmar o óbito devido à Ômicron.

Em entrevista à Sagres, nesta sexta-feira (7), a diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida e também responsável pelo programa de sequenciamento genômico, Érika Lopes, informou que a nova variante já superou a Delta em relação à contaminação das pessoas e é a cepa com maior incidência na cidade.

“Diante da introdução da Ômicron, a gente já esperava uma competição entre as duas [variantes], e que foi vencida pela Ômicron. Em um intervalo curto de tempo, a Ômicron já superou a Delta e atualmente é a variante mais prevalente no município”, disse. 

Segundo a diretora, a Delta foi identificada no município no início de julho. “Ela ficou relativamente estável até o início de setembro. Então, o número de casos começou a crescer e ela se tornou a variante mais prevalente, como já era esperado”, ressaltou. 

Os índices de prevalência da Ômicron se referem ao número de casos investigados pela SMS. “O programa de sequenciamento genômico faz análises semanais. No momento, temos 55 casos confirmados da Ômicron. Ela representa 93,5% de todos os casos sequenciados, não são todas as amostras positivas para Covid-19 que passam pelo sequenciamento”, explicou Érika Lopes.

Sintomas

Até o momento, dos 55 casos confirmados, apenas dois pacientes precisaram de internação. De acordo com Érika Lopes, um possui 50 anos e também tem comorbidade. Ele ficou internado em um leito de enfermaria e já recebeu alta. Já o outro paciente se refere ao óbito confirmado. 

“A maioria desses pacientes não desenvolveu sintomas de alarme, só sintomas leves. São, normalmente, sintomáticos, com dor de cabeça, dor de garganta, coriza, tosse, sintomas diversos, mas a maioria deles foi acompanhada pela Central de Telemedicina do Município em isolamento domiciliar”, contou. 

Vacinação de crianças

Questionada sobre como será a vacinação de crianças entre 5 e 12 anos, a diretora informou que os critérios de imunização são definidos pelo Ministério da Saúde. Da mesma forma, Érika destacou que Aparecida aguarda o envio das doses para iniciar a vacinação. 

Veja a entrevista na íntegra:

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