A ocupação do plenário da Câmara foi encerrada após 13 dias, mas ainda causa consequências na Casa Legislativa. Foram registrados danos, principalmente à estrutura eletrônica do local, o que, segundo o presidente, Clécio Alves (PMDB), inviabiliza a realização das sessões ordinárias até a próxima terça-feira.

A reportagem apurou que 17 microfones estão danificados e 12 cabos foram cortados. Além disto, alguns reparos precisam ser feitos no carpete que cobre o chão do Plenário e a empresa Imple, responsável pelo painel eletrônico, usado para registro de presença e votação de projetos, ainda vai fazer uma vistoria no equipamento, que também pode ter sido estragado.

Clécio Alves explica os danos constatados e que o custo para a reparação deve ser enviada aos professores. “Lamentavelmente, no momento em que o plenário foi invadido houve depredação. Isso nós temos as imagens. Eles jogaram objetos no painel, cortaram fio de microfones. Se houve prejuízo os responsáveis terão que arcar com eles,” avisa.

O presidente ainda afirma que mudanças no sistema de segurança já são analisadas para prevenção de possíveis novas invasões. Apesar da falta de sessões ordinárias, uma reunião fechada foi convocada por Clécio Alves, com todos os vereadores, para às 10h desta quarta-feira.

A oposição, por outro lado defende que os trabalhos de plenários já deveriam ter sido retomados. Geovani Antônio (PSDB) acredita que existem condições para a volta dos trabalhos. “Eu acho que já houve um prejuízo enorme durante esses 13 dias que ficou parado. A partir do momento que houve o entendimento pela suspensão da greve não há nada que justifique a não realização do plenário nesta terça e quarta-feira (22 e 23),” questiona.

A expectativa é de que os reparos estejam finalizados até a próxima terça-feira, para quando está marcada a próxima sessão plenária.