Nada fácil e tudo sempre muito difícil na existência do Vila Nova como time de futebol. Pelo menos para os mais apaixonados torcedores do clube, que são muitos, por sinal.

O Vila nasceu pobre, se criou no sofrimento e sobrevive na luta diária para se manter de pé. Passam-se os anos e os problemas são os mesmos. Pouco dinheiro, muitas dívidas com ações trabalhistas que provocam um quebra-cabeça em quem dirige, para ter times bons e recursos para mantê-los. Uma coisa não se pode negar, o Vila Nova é dono de uma torcida gigante, onde a paixão desenfreada aflora no coração de milhares e milhares de aficionados do clube.

Nesse Campeonato Brasileiro da série B o time está cambaleante, todavia basta uma vitória (foram apenas quatro até aqui) para os corações vermelhos se encherem de esperança, devolvendo a confiança e esperando o próximo combate.

Alguns, bradam: Agora vai!

Será? A gangorra tem sido constante, mesmo com um significativo número de jogos sem perder.

No caminho da salvação existem obstáculos pelos quais o time terá obrigatoriamente de passar, sejam fora ou dentro de casa. Longe dos olhares atentos da torcida, a guerra será contra Grêmio, Brusque, Operário, Ponte Preta, Bahia e CSA. Vitórias contra três deles, Brusque, Operário e CSA, concorrentes diretos na luta pela permanência se tornam fundamentais, possibilidades teóricas existem pra isso, mas de repente, perde pra um deles e busca contra os outros, afinal o futebol é assim.

Em casa, onde só venceu duas vezes, terá pela frente Guarani, cuja a vitória é fundamental, justamente pela concorrência direta, e mais, CRB, Criciuma, Cruzeiro que pode chegar aqui já com o título de campeão garantido e Sport que provavelmente desembarque em Goiânia já sem chances de acesso. Fundamental vencer pelo menos quatro desses jogos que restam como mandante.

Recomendo cautela após a vitória contra a Chapecoense, muita luta contra o Grêmio e transpiração total nas outras partidas, afinal, a empolgação da torcida nas poucas vitórias conquistadas vem sendo menor que a decepção nas derrotas e empates que já somam 23 jogos com o duro castigo de 18 rodadas na zona de rebaixamento.

Vamos ver se esse último triunfo em Chapecó, tirando por instantes o time do rebaixamento, não seja para a torcida, algo como um pirulito dado a uma criança chorosa. Bom enquanto dura!!!