A lei que reorganiza o sistema de transporte público na Região Metropolitana de Goiânia, aprovada no final do ano passado, entrou em vigor no início do mês de fevereiro. O texto determina que às prefeituras de Goiânia (41%), Aparecida de Goiânia (9%), e Senador Canedo (8%) devem a subsidiar parte dos valores da passagem.

No entanto, nem todas as prefeituras concordam com a divisão proposta pelo governo estadual. Aparecida de Goiânia é uma delas e já afirmou que pode judicializar a cobrança dos percentuais.

Em entrevista à Sagres nesta segunda-feira (14) o Secretário-Geral da Governadoria do estado de Goiás, Adriano da Rocha Lima, afirmou que o subsídio no valor da passagem não foi algo criado agora e que todas as questões estão previstas no contrato de concessão.

“Essa divisão percentual, entre os municípios que compõem a Região Metropolitana e o estado de Goiás, já existe a muito tempo. O percentual de Aparecida e Senador Canedo não foi alterado no novo texto, sendo que esses valores estão estabelecidos em contrato”, disse o secretário.

Segundo Adriano, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), sempre esteve ciente dos valores, e que os questionamentos fazem parte de estratégia política.

“O prefeito de Aparecida já foi presidente da CDTC, sabe bem como funciona e sempre esteve a par destes valores. A hora de fazer política não é agora, a campanha só começa em agosto. Me espanta esse questionamento partir de alguém que foi convidado a participar do debate, mas preferiu se omitir”, revela Adriano.

Questionado de como ficaria a situação caso Aparecida de Goiânia se recusar a pagar o subsidio acordado, o secretário disse que o contrato seguirá sendo cumprido e quem pode ser prejudicada é a população.

“Não podemos ficar reféns de uma prefeitura que representa 9% do todo. O que me preocupa é o impacto que essa postura pode ter para a população. Se houver quebra de contrato de um lado, pode haver também do outro. Infelizmente, quem perde é a população”, afirma Adriano.  

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