Hoje é o Dia Mundial do Combate ao Câncer, e vamos rever alguns conceitos sobre esse inimigo difícil de ser vencido.

O ser humano convive com os casos de câncer desde a Antiguidade. Papiros egípcios de 1500 a.C. já traziam informações sobre tumores da mama. Naquela época o tratamento paliativo era a única opção. O médico grego Hipócrates foi o primeiro a usar a palavra “karkinos” ou carcinoma para descrever os tumores. A mesma palavra significa caranguejo, animal que, para o médico, tinha semelhanças com a doença. A ciência teve de esperar até o século 19 para entender melhor as células, até que Robert Virchow descrevesse a evolução de células normais em células tumorais.

Quando se fala em câncer estamos falando de pelo menos 100 tipos diferentes de tumores malignos que podem atingir praticamente qualquer órgão do corpo humano. O século 20 também trouxe a conscientização de que a prevenção e a detecção precoce são as melhores armas para se diminuir o impacto do câncer no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 30% das mortes por tumores malignos poderiam ser evitadas com mudanças de hábitos e prevenção. O tabaco sozinho é fator de risco mais importante para o aparecimento do câncer. Os tumores do pulmão causam 1,5 milhões de mortes a cada ano.

O tratamento evoluiu significativamente no século 20 com a descoberta da quimioterapia, da radioterapia e dos tratamentos cirúrgicos. Essa evolução traz uma constatação importante. Receber um diagnóstico de câncer não é mais uma sentença mortal. Alguns tipos de tumores evoluíram para possibilidade de cura quando descobertos precocemente e adequadamente tratados. Os fatores genéticos são importantes nas chances de ter câncer, mas a interação com o meio ambiente os hábitos pessoais influenciarão a evolução dessa probabilidade.
Cada um de nós pode fazer a sua parte nessa luta, parando de fumar, fazendo exercícios físicos, evitando os alimentos processados em excesso e combatendo a obesidade.