Os motoristas do Eixo Anhanguera paralisaram a atividades nesta terça-feira (11). Seguem em operação, 12 ônibus articulados de 90 disponíveis na frota. Em entrevista à Sagres, o diretor do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), Fernando Ferreira, argumentou que os salários dos trabalhadores das empresas privadas estão sendo pagos com atraso e parcelado em quatro vezes, enquanto os funcionários da Metrobus reclamam da retirada de 3% do anuênio do salário.
“Eles alegaram que como a data-base está vencida, não poderiam pagar os 3% de anuênio dos trabalhadores. Em soma, tem trabalhador que eles retiraram mais de R$ 500,00 do salário deles no mês”.
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Outra reivindicação dos motoristas, ocorre em função da pandemia. Os trabalhadores do transporte coletivo já solicitam há um tempo uma prioridade na vacinação, pois, segundo Fernando “estão na linha de frente”. Diante da quantidade insuficiente de vacinas, a nova demanda dos motoristas é por testagem em massa dos profissionais. “Muitos trabalhadores estão com problemas psicológicos, porque vários familiares já morreram e eles sentem a culpa por acharem que levaram a doença para dentro de casa”.
No início da manhã houve confusão, com a prisão do presidente do Sindicoletivo, Sérgio Reis. Segundo relatos do Fernando, tudo começou quando o presidente optou por sentar em frente ao portão da Metrobus e ouviu a ordem dos policiais para se levantar. “Enquanto ele foi levantar, o policial já chegou algemou ele e levou no camburão […] Olha só para você ver o número de viaturas e de policiais que está aqui na porta da Metrobus”. Sério Reis já foi liberado.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda resposta.
O Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo conseguiu na noite desta segunda-feira (10) uma liminar para que as empresas continuem operando normalmente, com exceção da Metrobus. Na decisão o desembargador plantonista do Trabalho Mário Sérgio Bottazzo entendeu “a abusividade do exercício do direito de greve” e determinou multa diária de R$ 10.000,00 ao Sindicoletivo em caso de descumprimento.
Confira a decisão:
