Trabalhadores do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia paralisarão suas atividades a partir de terça-feira (11), às 00h00. A greve foi confirmada em vídeo divulgado na manhã desta sexta-feira (07), pelo diretor financeiro do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), Carlos Alberto Luiz do Santos.

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Em entrevista ao Sinal Aberto II, na Sagres, o presidente do Sindicoletivo, Sérgio Reis, detalhou que trabalhadores optaram pela paralisação em uma assembleia geral realizada no dia 02 de maio, porque querem aumento salarial e precisam de um posicionamento do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET).

“Nossa data-base que é no mês de março e até o momento não temos nenhuma proposta por parte das empresas do SET (…). Os trabalhadores viveram muitos anos a mercê de um sindicato pelego que fazia a vontade dos patrões. Então, temos muitos pedidos, mas no momento mesmo, é que seja feita pelo menos uma proposta por parte do SET”, destaca.

O presidente do Sindicoletivo ainda ressaltou que a suspensão do serviço de transporte público não tem data para acabar. “Essa paralisação é por tempo indeterminado, é uma greve geral e enquanto não houver uma intervenção por parte da justiça para nós conversarmos sobre o número de veículos que vão rodar e uma nova proposta para que façamos uma nova assembleia, é uma greve geral e por tempo indeterminado”.

Vacina contra Covid

Outra reinvindicação dos trabalhadores é a prioridade da vacinação contra a Covid- 19. Segundo Sérgio Reis, a letalidade entre os funcionários da Metrobus que já contrariam a doença é maior do que 10%.

“Hoje, por exemplo, o mundo tem uma média de 3% de óbitos com trabalhadores. Enquanto no transporte coletivo em torno de 8% dos trabalhadores já foram a óbito. No caso da Metrobus é pior ainda, passa de 10% o número de trabalhadores que já foram a óbito. Então, essa vacina é imprescindível no momento. Embora temos muitas questões para ser discutidas, são vários pedidos devido a defasagem de vários anos, mas nós estamos dispostos a negociar”, afirma.

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Os motoristas do transporte coletivo paralisaram serviço operacional no dia 09 de abril. Segundo o Sindicoletivo, o objetivo principal era reivindicar a vacina para a categoria. Vale ressaltar que o Plano Nacional de Imunização prevê a vacinação desses trabalhadores, esse grupo está incluso na lista de prioridades. Porém, os grupos que estão à frente destes trabalhadores ainda não foram imunizados.

“Tivemos uma paralização a alguns dias atrás, tudo isso foi encaminhado para a Secretária de Saúde e Secretária de dispôs a estar vacinando os trabalhadores. Então a secretária tem conhecimento do que está acontecendo, mas no momento os governos estadual, municipal e federal estão sendo negligentes nesse ponto. Somos um categoria bem pequena, na ativa temos menos de 3.500 trabalhadores não daria um impacto enorme, só que pelo número de óbitos que estamos tendo está difícil, precisamos correr atrás e infelizmente será através dessa paralização. Não queríamos que a população passasse por mais esse problema, mas precisamos fazer algo”.

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