Goiânia é conhecida por ser uma das capitais mais arborizadas do país e, por isso, é comum ver pessoas se exercitando em parques, passeando com animais de estimação e curtindo o dia com a família. Para algumas pessoas, a sensação é de que o parque é uma extensão da casa. “Acredito que seja um clima mais ameno, até para a prática de esporte, que é a minha prioridade, isso tudo teve uma grande influência na minha escolha de moradia. Corri atrás da melhoria da minha qualidade de vida, tanto na parte de alimentação quanto a prática de esporte, para ter uma vida saudável”, conta a ortodentista Cibele Amorim.

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A capital de Goiás tem 62 parques e para deixar tudo isso bonito e funcionando são investidos na manutenção de todos eles cerca de R$ 500 mil por ano. “Tem a manutenção do equipamento urbano que é utilizado pela população, que é vítima de vandalismo. Tem uma equipe operacional que realiza esse trabalho”, explica a bióloga da Agência Municipal do Meio Ambiente, Wanessa de Castro.

O Parque Flamboyant ganhou esse nome por causa da quantidade de flamboyants que tinham no local. “Nossos parques são ricos em biodiversidade. Eles já têm a área verde implantada que é uma área de preservação permanente (APP). Fazemos alguma correção, como retirada de árvore com risco de queda, plantamos nativas do Cerrado e frutíferas”, destaca Wanessa de Castro.

Para o especialista em planejamento ambiental, Gerson Neto, é fundamental ter um plano de manejo, reposição e acompanhamento da saúde das árvores. “Não é só plantar e largar. Existem espécies específicas para cada tipo de local”, informa.

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Locais como esses, que possibilitam mais contato com a natureza, trazem bem-estar e sensação de paz às pessoas e são combinações sustentáveis para combater as “ilhas de calor” e a poluição do ar. Em Goiânia, a região mais arborizada é a Norte, que tem a maior concentração de área verde. “Essa arborização filtra partículas de poluição, traz o conforto término e filtra a poluição sonora”, enfatiza a bióloga.

As árvores ainda ajudam a economizar energia. De acordo com estudo feito nos Estados Unidos, o gasto com ar condicionado reduz em 30% em casas e apartamentos localizados próximos a parques ou que têm árvores no quintal. “Uma casa que tem um sombreamento, mesmo que parcial, de uma árvore, vai aquecer muito menos que uma casa que fica exposta ao sol”, declara Gerson Neto.

Os parques ajudam a melhorar o microclima da região. Desta forma, a temperatura chega a cair 6 graus em bairros que têm mais árvores. “No período mais quente do ano, em agosto e setembro, observamos que há uma diferença de quase 5 ou 6 graus na temperatura do Parque Mutirama, onde tem vegetação, um bosque, em relação à Rua 44”, ressalta André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

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