O prefeito Paulo Garcia foi a Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta quinta-feira (8) para prestar as contas relativas ao primeiro quadrimestre deste ano – janeiro, fevereiro, março e abril.  Os números apresentados pelo petista mostraram um déficit de R$ 135 milhões.

A sessão da Comissão Mista da Câmara foi tumultuada. Dois manifestantes mais exaltados, que cobravam a realização de obras por parte do prefeito foram retirados do plenário por policiais militares e guardas municipais.

De acordo com os dados, nos quatro primeiros meses deste ano, Goiânia teve uma receita de R$ 1,050 bilhão. No mesmo período, o gasto foi de R$ 1,186 bilhão. A diferença foi de quase R$ 136 milhões negativos.

O prefeito Paulo Garcia não escondeu que a situação é preocupante, mas pela experiência considerada normal. “Isso normalmente acontece no primeiro quadrimestre. As contas só são consideradas consolidadas após os três quadrimestres anuais. É preocupante, mas essa é uma preocupação de todos os municípios brasileiros,” analisou.

Durante sua fala, o prefeito fez algumas críticas ao governo estadual. Fato que deu um tom político à prestação de contas.

De fato, a prefeitura tinha despesas empenhadas na ordem de mais de R$ 2,275 bilhões, porém o executivo não autorizou o pagamento de todas elas.

De todo o montante arrecadado pela prefeitura, 52,34% foi gasto com as folhas de pagamentos dos servidores públicos. As pastas de Saúde e Educação receberam 28% e 22%, respectivamente.