Entrevista com Paulo Gonçalves (Foto: Sagres Online)

Mineiro da cidade de Sacramento, Paulo Gonçalves, 82 anos, está eternizado na memória do Goiás Esporte Clube. Técnico na primeira participação esmeraldina no Campeonato Brasileiro em 1973, “Professor Paulo Gonçalves”, como é chamado no meio do futebol, é nostálgico ao se lembrar daquele time repleto de craques.

“É uma lembrança extraordinária, porque me recordo de Lucinho, Tuíra, Lincoln, Triel, que fui buscar no Bonsucesso. Esse time foi sensacional. Ficamos invictos nas seis primeiras rodadas”, ressaltou Paulo Gonçalves. 

A estreia no Brasileirão aconteceu no dia 26 de agosto de 1973, no estádio Olímpico, em Goiânia. A escalação que iniciou o jogo, que terminaria empatado sem gols, foi: Amauri, Triel, Alexandre Neto e Gilson; Matinha, Tuíra e Ulisses; Lucinho, Lincoln e Reis. “Aquilo ali até nos deu uma má impressão porque tínhamos a obrigação de ganhar. Então quando aconteceu o empate o pessoal se assustou, mas imediatamente tivemos cinco vitórias seguidas que ninguém acreditava’, lembra Paulo, que inclusive foi personagem de uma reportagem da revista Veja após o bom início na competição.

“Me lembro que saiu uma reportagem na revista Veja, que na época fui até solicitado para dar uma entrevista, e eles ressaltaram a tranquilidade com que o futebol goiano tratava o Campeonato Brasileiro”, completou.

Naquele Brasileirão, em que o Goiás terminou na 13ª colocação, um jogo foi marcante, porém aconteceu em 6 de fevereiro de 1974. No Pacaembu, Santos e Goiás empataram por 4 a 4, mas Paulo Gonçalves não era mais o técnico. “Tive um desentendimento com a diretoria uma semana antes. Eu não tinha contrato e queria um, mas a diretoria foi levando, se distanciando, até que entreguei o cargo”, explicou.

Técnico do Goiás por diversas vezes, Paulo Gonçalves ainda comandou o Verdão em outras participações marcantes no Brasileirão. Em 1983, levou o time até as quartas – de – final, quando foi eliminado pelo Santos de Serginho Chulapa. Em 1996 foi até a semi, mas parou no Grêmio de Felipão e Paulo Nunes. Mesmo com a perda do título e com os recentes problemas no clube, Paulo Gonçalves acredita em uma boa participação.

“Me sinto feliz porque o goiás é um time que sempre participou da Série B. Hoje não é um time que passa aquela total confiança, mas pelo futebol brasileiro de hoje, a gente vê que não tá muito distante”, finalizou.

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O repórter Rafael Bessa produziu para o Sistema Sagres de Comunicação um especial com grandes momentos do Goiás Esporte Clube. Entrevistas com personagens históricos na agremiação esmeraldina. Confira

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