Vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro com 12 gols em 23 jogos, o atacante do Goiás Esporte Clube, Pedro Raul, vive grande fase com a camisa esmeraldina. O atleta garantiu, com o seu número de bolas na rede, 15 dos 29 pontos do Verdão na Série A. Números que chamaram atenção até mesmo do técnico Tite, da Seleção Brasileira, que definiu o jogador como “um Fred atualizado”.

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“É um momento muito bom que estou vivendo. Trabalho muito para isso, fazer os gols e ajudar a equipe. O campeonato é muito difícil, a gente sabe do nível técnico que tem na Série A. Então, ter esse destaque é muito bom e o reconhecimento do Tite é uma gratificação muito grande”, comentou Pedro Raul em entrevista ao programa Baita Amigos do Bandsports.

Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o atacante está com 25 anos e acumula passagens por Atlético Clube Goianiense, Botafogo e no exterior, já que pertence ao Kashiwa Reysol, do Japão.

“O primeiro contato com o campo foi nas escolinhas do Grêmio, então posso dizer que comecei lá. Joguei no São José também, no Cruzeiro de lá e depois fui para Portugal”, revelou o atleta sobre o início da carreira.

Em 2021, Pedro Raul se transferiu para o Kashiwa Reysol. Por lá, disputou apenas 11 jogos, com três gols e três assistências. Em seguida, o atacante foi emprestado ao Juárez, do México, e também atuou pouco, sete partidas ao todo, balançando as redes duas vezes e um passe para gol. Depois disso, veio o empréstimo junto ao Goiás.

“Quando fui para o Japão, a pandemia estava estourando lá, estava muito difícil, não entrava ninguém no país, não pude levar meus pais, minha mãe estava até grávida na época. Aconteceu uma série de coisas psicológicas, é difícil, um país muito diferente do nosso, ficar sozinho lá, 12 horas de diferença. Até fiz bons jogos lá, tive proposta agora para voltar, mas estou focado aqui esse ano”, explicou Pedro Raul.

Com a vitória contra o Atlético-MG, fora de casa, o Goiás foi a 29 pontos e é o 11º colocado da tabela. Para o número de 45, apontado por matemáticos como a pontuação segura de permanência, faltam 16 pontos, cinco vitórias e um empate, restando 15 jogos.

“Nosso principal objetivo é a manutenção, temos isso bem claro entre nós. Só que, a medida que vamos conseguindo os pontos, a gente acaba pensando, lógico, em voos mais altos. A gente tem sim como sonho, vamos dizer assim, uma vaga para uma competição internacional, mas nosso objetivo é ficar na Série A”, destacou Pedro Raul.

Apesar do vínculo com o Kashiwa Reysol, o atacante admitiu o interesse em permanecer no futebol brasileiro. De acordo com ele, o nível do campeonato nacional é um dos mais difíceis do mundo.

“É uma liga muito boa, é uma ideia sim, mas agora não penso em sair, é conquistar os nosso objetivos esse ano e essa parte eu deixo para meus empresários. Procuro não ficar pensando muito nisso, porque atrapalha. Quanto menos coisa tiver na cabeça, melhor. Terminar o ano aqui bem, sei que é muito bom pra minha carreira. A gente sabe que o futebol é muito dinâmico, as coisas podem mudar da noite para o dia, mas tenho a cabeça tranquila e procuro manter o foco no trabalho”, destacou.

Antes do futebol japonês, Pedro Raul estava no Botafogo. Conforme o jogador, a ideia era permanecer no clube carioca. “É um clube que me identifiquei muito com todo mundo de lá, dispensa comentários, sou até suspeito para falar. Mas, na época, o Botafogo estava enfrentando algumas dificuldades financeiras e fazer o negócio seria muito bom para o clube, como pra mim também”, justificou.